Congresso dos EUA aprova enorme orçamento de defesa para 2024
O Congresso americano aprovou em definitivo nesta quinta-feira (14) um orçamento de defesa de US$ 886 bilhões (R$ 4,3 trilhões na cotação atual) para 2024, que inclui o reforço de um sistema internacional de vigilância já amplamente usado pelo país.
Aprovado na Câmara de Representantes após uma votação similar no Senado na quarta-feira (13), esse orçamento, em torno de 3% superior ao de 2023, prevê, em particular, vários bilhões de dólares para "fortalecer a posição" dos Estados Unidos na região da Ásia-Pacífico e contrabalançar a influência da China.
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Também amplia o programa de ajuda militar à Ucrânia, permitindo a liberação gradual de cerca de US$ 300 milhões (R$ 1,4 bilhão na cotação atual) para Kiev. Este montante está, no entanto, muito longe dos US$ 61 bilhões (R$ 298,9 bilhões na cotação atual) solicitados ao Congresso pelos presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia até o final do ano - uma dotação gigantesca ainda em debate.
A importante lei de defesa aprovada hoje também prorroga, por vários meses, a validade de um dispositivo legislativo de vigilância eletrônica internacional, muito criticado por organizações que defendem a privacidade e as liberdades e que estava prestes a expirar.
Este programa permite que os serviços de segurança nacional desenvolvam programas de vigilância eletrônica - inclusive mediante a visualização de e-mails - de cidadãos não americanos no exterior, mesmo sem recorrer a autorizações da Justiça.
No domingo (10), um funcionário de alto escalão da Casa Branca defendeu sua extensão.
"Com o que está acontecendo em Israel, com o que está acontecendo na Ucrânia, com a ameaça que a China representa, com o que está acontecendo com nossa infraestrutura estratégica, com os ciberataques, seria um momento muito ruim para se desarmar unilateralmente", alegou.
O orçamento aprovado pelo Congresso também aumenta os salários do pessoal de defesa em mais de 5%.
Propostas da oposição republicana de restringir o acesso ao aborto para os militares e proibir o Pentágono de hastear a bandeira do orgulho LGBT+ nas suas bases não foram adotadas.
O documento de mais de 3.000 páginas segue agora para assinatura do presidente Joe Biden, uma mera formalidade.
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