Reino Unido considera 'injustificadas' manobras militares da Venezuela
O Reino Unido denunciou as ações "injustificadas" da Venezuela pela realização de exercícios militares em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana, no contexto de uma disputa centenária pelo território de Essequibo.
"As ações da Venezuela contra a Guiana são injustificadas e deveriam parar", declarou um porta-voz do governo britânico nesta sexta-feira.
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"Trabalhamos com nossos parceiros na região para evitar uma escalada e monitoramos a situação de perto", acrescentou.
As tensões entre Caracas e Georgetown aumentaram após as licitações de petróleo abertas em setembro pela Guiana em águas em disputa e, depois, pela realização de um referendo em 3 de dezembro na Venezuela sobre a soberania de Essequibo.
Cerca de 125 mil pessoas, um quinto da população da Guiana, vivem em Essequibo, que cobre dois terços da superfície do país. O Reino Unido, em apoio à sua ex-colônia, enviou para o local o navio "HMS Trent", que já estava destacado no Caribe para uma missão.
O governo britânico disse que o navio chegará na sexta-feira à costa da Guiana "para uma série de compromissos de rotina na região".
Em "resposta à provocação" do Reino Unido, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, lançou ontem uma série de exercícios militares, envolvendo 5.682 combatentes, em frente aos limites de água em disputa com a Guiana.
"A fronteira entre os dois países foi estabelecida em 1899, mediante arbitragem internacional, e continuamos apoiando a integridade territorial da Guiana, um importante aliado regional e parceiro na Commonwealth", organização composta principalmente por ex-colônias britânicas, declarou o governo britânico.
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