Qatar afirma que reféns retidos em Gaza receberam medicamentos
Os medicamentos enviados à Faixa de Gaza no âmbito de um acordo negociado por Qatar e França chegaram aos reféns sequestrados pelo movimento islamista palestino Hamas, anunciou nesta terça-feira (20) a chancelaria catari.
O Qatar "recebeu confirmação do Movimento de Resistência Islâmico (Hamas) sobre o recebimento de um carregamento de medicamentos e o início de sua distribuição entre os reféns", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar.
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Um "carregamento de medicamentos e ajuda humanitária para os civis" de Gaza entrou no território "em troca da entrega dos medicamentos necessários para os reféns", afirmou Majed al-Ansari à agência de notícias oficial do Catar (QNA).
O anúncio é "o resultado direto da insistência do primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu para obter provas de que os medicamentos chegaram aos reféns", afirmou o gabinete do dirigente israelense em comunicado.
França e Qatar, que lideraram as negociações entre Israel e Hamas, anunciaram o acordo no mês passado.
Naquele momento, 45 reféns deveriam receber os medicamentos após sua entrega em um hospital de Rafah, onde seriam confiados à Cruz Vermelha.
A guerra foi desencadeada pelo ataque brutal do Hamas em 7 de outubro no sul de Israel, que deixou mais de 1.160 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Os combatentes islamistas também sequestraram cerca de 250 pessoas, segundo Israel, que afirma que 130 permanecem retidos em Gaza e 30 deles teriam morrido.
Em resposta ao ataque, Israel prometeu "aniquilar" o movimento islamista e lançou uma ofensiva que já deixou 29.195 mortos em Gaza até agora, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
No fim de novembro, uma trégua permitiu a troca de dezenas de reféns em Gaza por palestinos presos em Israel.
Ansari garantiu que o Qatar prosseguirá com seus esforços de mediação com "parceiros regionais e internacionais", especialmente sobre "a troca de prisioneiros e reféns, os aspectos humanitários e a evacuação médica".
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