EUA: 'Mudança democrática não será fácil' na Venezuela
"A mudança democrática não será fácil" na Venezuela, afirmou, nesta terça-feira (2), o Departamento de Estado americano, um dia após Caracas anunciar a retomada iminente do diálogo com Washington, a menos de um mês das eleições presidenciais venezuelanas.
O presidente Nicolás Maduro anunciou que serão retomadas amanhã as conversas com os Estados Unidos promovidas no ano passado no Catar, sem informar onde.
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"Não vou entrar em detalhes", disse em entrevista coletiva o porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel. "Certamente saudamos o diálogo e a boa-fé e apoiamos o desejo do povo venezuelano de celebrar eleições competitivas e inclusivas em 28 de julho. Mas temos claro que a mudança democrática não será fácil e requer um compromisso sério."
O porta-voz foi cauteloso ao reagir ao anúncio de Maduro, limitando-se a enfatizar a linha adotada pelos Estados Unidos. "Não vou tentar entrar na cabeça de Maduro. A implementação plena do acordo de Barbados é o melhor caminho para restaurar a democracia que os venezuelanos merecem, melhorar as condições econômicas e humanitárias e enfrentar a crise migratória", declarou.
As negociações do ano passado entre Estados Unidos e Venezuela aconteceram paralelamente a um diálogo em Barbados entre o governo e a oposição venezuelana para definir as condições das eleições, em que Maduro vai disputar o terceiro mandato.
Após o acordo de Barbados, o governo americano flexibilizou o embargo petroleiro, mas retomou as sanções posteriormente, devido à inabilitação da principal líder da oposição venezuelana, María Corina Machado.
O porta-voz do Departamento de Estado ressaltou a importância de "continuar interagindo com os atores democráticos na Venezuela". "Nós nos envolvemos em um amplo diálogo e uma ampla gama de vozes na Venezuela, o que continuará sendo o caso."
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