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Dois terços dos ingleses são favoráveis à morte assistida, tema de projeto de lei trabalhista

11/10/2024 10h29

Quase dois terços dos ingleses e galeses são favoráveis à morte assistida para adultos com doenças terminais, segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (11), poucos dias antes da apresentação de um projeto de lei trabalhista sobre o assunto. 

Um deputado trabalhista vai apresentar o projeto na quarta-feira à Câmara dos Comuns, que o debaterá em novembro e cujos detalhes são desconhecidos. 

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Segundo uma pesquisa com cerca de 2.000 pessoas realizada em setembro pelo Policy Institute e pelo grupo Complex Life and Death Decisions (CLADD) do King's College London, 63% dos entrevistados apoiam a legalização da assistência médica para morrer. 

Já 17% dos consultados afirmaram não ter opinião sobre o assunto, enquanto os demais 20% manifestaram sua oposição. 

Aqueles que se opõem citam entre suas razões o risco de que pacientes vulneráveis se sintam forçados a acabar com suas vidas por falta de cuidados adequados ou para deixarem de ser um fardo para seus familiares. 

A eutanásia é ilegal no Reino Unido e prevê uma pena de 14 anos de prisão, em caso de ajuda ou incitação. 

O cardeal Vincent Nichols, chefe da Igreja Católica no Reino Unido, encorajou os fiéis a escreverem a seus deputados para que se oponham ao projeto. 

"A mudança radical na lei que é proposta corre o risco de fazer com que todos profissionais médicos passem lentamente do dever de cuidar para o dever de matar", escreveu Nichols em uma carta pastoral às igrejas da sua diocese. 

Um projeto de lei anterior sobre morte assistida foi rejeitado pela Câmara dos Comuns em 2015.

cla-psr/mb/jc

© Agence France-Presse

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