Milhares de pessoas se unem em Madri a protesto convocado pela direita contra governo espanhol
Milhares de pessoas se reuniram em Madri neste domingo (20) para protestar contra o governo do presidente socialista Pedro Sánchez e pedir eleições antecipadas, em uma manifestação apoiada por partidos de direita e de extrema direita.
Agitando bandeiras espanholas vermelhas e amarelas, os manifestantes se reuniram na Plaza de Castilla, no coração do distrito financeiro de Madri, na parte norte da capital, e pediram a renúncia de Pedro Sánchez com cantos como "traidor".
Mais de cem grupos pequenos e pouco conhecidos ligados à direita e à extrema direita convocaram o protesto sob o slogan "Pela unidade, dignidade, lei e liberdade. Eleições gerais já!".
Os principais partidos de oposição, o Partido Popular (PP, de direita) e o Vox (extrema direita) apoiaram a marcha.
Os oradores atacaram o governo de Sánchez por causa de uma série de políticas e decisões, desde uma anistia para os partidários catalães pró-independência até seus pactos com partidos separatistas regionais, bem como investigações de corrupção envolvendo figuras do Partido Socialista e a própria esposa de Sánchez, Begoña Gómez.
Cerca de 25.000 pessoas participaram da marcha, de acordo com a delegação do governo. Os organizadores estimaram o comparecimento de cerca de 400.000 pessoas.
Os manifestantes exibiam faixas com slogans como "Sánchez, vá embora" ou "Sánchez, destruidor da Espanha", bem como slogans anti-imigração.
"Este governo está arruinando os espanhóis, ele os traiu, mentiu para eles", disse aos repórteres o líder do Vox, Santiago Abascal, o único líder do partido a participar do protesto.
"Hoje, os espanhóis, independentemente do que o governo diga, estão mais pobres do que quando Pedro Sánchez chegou ao poder. É mais difícil para eles sobreviverem", acrescentou.
O número de empregados e a renda na Espanha aumentaram, mas a inflação e os aluguéis também.
Pedro Sánchez, no cargo desde 2018, lidera um frágil governo minoritário que depende dos votos dos separatistas catalães e bascos no Parlamento para aprovar leis.
Suas concessões a esses partidos provocaram a ira de alguns da direita.
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© Agence France-Presse
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