Peru autoriza entrada de 600 soldados dos EUA para reforçar segurança na cúpula da Apec
O Congresso peruano autorizou, nesta quinta-feira (31), a entrada de até 600 soldados dos Estados Unidos para apoiar o governo da presidente Dina Boluarte em tarefas de segurança durante a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que ocorrerá de 14 a 16 de novembro em Lima.
O contingente autorizado, que inclui quatro helicópteros Black Hawk MH-60, quatro aviões AWACS, dois aviões B-747-200B (VC-25), entre outros equipamentos de segurança, é um dos mais numerosos que chegará ao Peru, além dos que costumam participar de manobras militares conjuntas de treinamento.
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A permissão foi aprovada com 63 votos pelo Parlamento unicameral, majoritariamente de direita, a pedido do governo, de acordo com a conta do Congresso peruano na rede social X.
O contingente de 600 soldados do Exército, Força Aérea e Marinha dos Estados Unidos poderá permanecer no Peru de 4 a 24 de novembro.
Este grande envio de efetivos pode ser um sinal de que o presidente Joe Biden comparecerá à cúpula de líderes da Apec, mas sua participação ainda não foi confirmada por Washington.
Os militares americanos fornecerão "apoio administrativo, logístico e de segurança antes, durante e depois das reuniões do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC)", segundo as autoridades peruanas.
A legislação peruana exige que seja o Congresso a decidir se concede ou nega a permissão de entrada de tropas estrangeiras no país.
Além de Lima, as cidades de Pisco (sul) e Chiclayo (norte), onde existem bases aéreas peruanas importantes, estão entre os locais onde as tropas e embarcações dos Estados Unidos chegarão.
Opositores ao governo convocaram uma paralisação nos mesmos dias da cúpula da Apec como forma protesto pelo aumento da insegurança e das extorsões do crime organizado.
O chefe do gabinete ministerial, Gustavo Adrianzén, minimizou a importância do número de tropas americanas, indicando que esta medida já ocorreu em encontros anteriores da Apec realizados no Peru.
"Se compararmos a entrada de pessoal militar ou armamento das ocasiões anteriores, é muito semelhante ao que estamos recebendo hoje", acrescentou.
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