FBI alerta sobre falsas ameaças de bomba da Rússia em locais de votação nos EUA
O FBI alertou sobre ameaças de bombas em seções de votação em vários estados americanos nesta terça-feira (5), dia das eleições presidenciais, acrescentando que nenhuma delas era plausível, mas muitas pareciam ter origem na Rússia.
A declaração da agência federal de investigação se segue a informações das autoridades da Geórgia de que falsas ameaças de bomba interromperam brevemente a votação nesse estado na terça-feira.
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A campanha presidencial americana de 2024 tem sido particularmente volátil, e a segurança no dia da eleição foi elevada a níveis inéditos, dadas as preocupações com possíveis distúrbios civis, fraudes da votação e violência contra trabalhadores eleitorais.
"O FBI está ciente de ameaças de bomba em locais de votação em vários estados, muitas das quais parecem ter origem em domínios de e-mail russos", afirmou a porta-voz Savannah Syms em um comunicado.
"Nenhuma das ameaças foi considerada plausível até o momento", acrescentou, pedindo ao público que "permaneça vigilante".
O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, disse que o estado também havia identificado a origem das ameaças de bomba que atrapalharam a votação em algumas de suas seções. "Eram da Rússia", indicou, sem dar mais detalhes.
Um funcionário eleitoral do condado de Fulton, na Geórgia, contou que pelo menos sete locais de votação foram fechados temporariamente, por até 30 minutos, enquanto as ameaças eram investigadas.
Com a vice-presidente democrata Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump empatados na disputa, as autoridades estão ansiosas para garantir aos americanos tensos que seus votos estão seguros. Mas também estão reforçando a segurança física nas operações eleitorais em todo o país.
Trabalhadores eleitorais receberam botões de pânico, equipes de armas especiais foram posicionadas em telhados e centenas de membros da Guarda Nacional foram colocados em estado de alerta.
O FBI estabeleceu um posto de comando nacional de eleições em Washington para monitorar ameaças 24 horas por dia durante a semana das eleições.
Na terça-feira, a Polícia do Capitólio, que protege a sede do Congresso em Washington, prendeu no centro de visitantes um homem que "cheirava a combustível" e carregava um isqueiro e um catalisador.
Segundo o chefe da Polícia, Thomas Manger, o homem tinha papeis que pretendia entregar ao Congresso. "Não há indicação, neste momento, que tinha algo a ver com a eleição", observou.
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