Uruguai receberá cúpula do Mercosul em 5 e 6 de dezembro
A próxima cúpula do Mercosul será nos dias 5 e 6 de dezembro no Uruguai, que neste semestre ocupa a presidência pro tempore do bloco sul-americano, informaram nesta sexta-feira (8) fontes oficiais uruguaias.
Estão convocados para o encontro no Edifício Mercosul, em Montevidéu, os presidentes dos quatro países fundadores do Mercado Comum do Sul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), bem como da Bolívia, que formalizou sua adesão como membro pleno em julho.
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Também é aguardada a presença do presidente do Panamá, país que está avançando para sua integração como Estado Associado.
A última cúpula do Mercosul, realizada no dia 8 de julho em Assunção, aconteceu sem a presença do presidente Javier Milei, da Argentina, a segunda maior economia do bloco, uma ausência questionada principalmente pelo presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou.
A 65ª cúpula do Mercosul ocorrerá em meio ao impasse nas negociações para um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE), que está sendo negociado há mais de 20 anos e que prevê a eliminação da maioria das tarifas entre as duas regiões, criando um espaço comercial de mais de 700 milhões de consumidores.
As negociações foram retomadas nos últimos meses com o impulso de países membros como Alemanha e Espanha. O acordo, no entanto, enfrente resistência principalmente da França.
Deputados franceses de oposição defenderam nesta sexta a criação de um imposto para as importações de carne bovina provenientes do Mercosul.
Os agricultores franceses temem especialmente a chegada de 99 mil toneladas de carne bovina de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai à UE, caso o acordo seja assinado, embora ele não se aplique inicialmente à Bolívia.
Na última segunda-feira, mais de 200 parlamentares pediram ao presidente francês Emmanuel Macron que faça todo o possível para "bloquear" o acordo na UE.
Em outubro, ao final de uma cúpula da UE em Bruxelas, Macron afirmou que o acordo "não é aceitável" nos termos atuais.
Fundado em 1991, o Mercosul é o principal recebedor de investimentos estrangeiros na América do Sul e possui um PIB de 2,86 trilhões de dólares (R$ 16,5 trilhões).
A Venezuela também é membro pleno do Mercosul, mas está suspensa desde 2017 devido à "ruptura da ordem democrática".
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