Israel abre novo ponto de passagem para ajuda humanitária em Gaza
O Exército israelense anunciou, nesta terça-feira (12), a abertura de um novo ponto de passagem para a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, antes do prazo limite imposto pelos Estados Unidos para melhorar as condições de vida no território palestino.
"Como parte do esforço e do compromisso de aumentar o volume e as vias de ajuda à Faixa de Gaza, a passagem de Kisufim foi aberta hoje", afirmou o Exército em um comunicado conjunto com o COGAT, o órgão do Ministério da Defesa de Israel responsável pelos assuntos civis nos Territórios Palestinos.
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Em 13 de outubro, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos Estados Unidos, Antony Blinken e Lloyd Austin, enviaram uma carta a Israel com uma série de exigências destinadas a facilitar o aumento da ajuda humanitária, dando a Israel um prazo de 30 dias para responder.
Caso contrário, os Estados Unidos ameaçaram suspender parte da sua assistência militar ao país.
A carta apontava a necessidade de Israel permitir a entrada diária de até 350 caminhões de ajuda humanitária, abrir um quinto ponto de acesso à Faixa de Gaza e limitar as ordens de evacuação ao estritamente necessário.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, anunciou na quinta-feira passada que Israel abriria "nos próximos dias" o ponto de acesso de Kisufim, no centro do território palestino, que enfrenta uma crise humanitária.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) - organismo que Israel proibiu a entrada - afirma que o acesso humanitário a Gaza é "insuficiente" diante da situação "catastrófica".
"A ajuda que entra na Faixa de Gaza está em seu menor nível em meses. A média de outubro foi de 37 caminhões por dia para toda a Faixa de Gaza", afirmou, em Gaza, Louise Wateridge, uma diretora da UNRWA.
"Trinta e sete caminhões por dia para uma população de 2,2 milhões de pessoas que precisam absolutamente de tudo. Não é suficiente. Nunca será suficiente", insistiu.
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque sem precedentes lançado pelo Hamas contra Israel, que deixou 1.206 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses, que incluem reféns que morreram em cativeiro.
A ofensiva de retaliação lançada por Israel em Gaza provocou mais de 43.603 mortes, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
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