G20, reunião das potências econômicas em um mundo em crise
O G20 é o principal fórum internacional de cooperação econômica e financeira, tema cada vez mais questionado pelas mudanças da geopolítica mundial.
O Grupo dos Vinte reúne as maiores economias do planeta.
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- Quem faz parte do G20? -
Apesar de seu nome, o G20 tem 21 integrantes. São 19 países membros: Argentina, Austrália, Brasil, Reino Unido, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia e Estados Unidos. Juntos, representam 85% do PIB global e três quartos do comércio mundial.
Além dos países, o grupo tem mais dois membros: União Europeia e União Africana, admitida no ano passado.
- Como foi criado? -
O G20 foi concebido em 1999 como um espaço de coordenação entre ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais, em resposta a uma crise financeira nos países asiáticos dois anos antes.
Desde 2008, após a crise financeira mundial, os chefes de Estado e de Governo se reúnem a cada ano para discutir assuntos econômicos internacionais.
Também debatem outros temas como saúde, justiça social, cultura, agricultura, turismo e luta contra a corrupção.
- Que tema domina o G20 este ano? -
O Brasil, que preside o G20 este ano, prioriza a luta contra a fome e a pobreza, assim como a reforma das instituições internacionais e as preocupações climáticas.
Organizações da sociedade civil participam de um G20 Social antes da reunião de chefes de Estado e de Governo, na segunda e terça-feira (18 e 19).
A cúpula no Rio de Janeiro terá as presenças dos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da China, Xi Jinping, e de outros líderes.
O presidente russo, Vladimir Putin, alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) relacionado à guerra na Ucrânia, não estará presente. Ele será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
- Divergências -
A guerra da Rússia na Ucrânia provocou divergências entre os países nas reuniões recentes.
Nas duas últimas reuniões, em Bali (2022) e Nova Délhi (2023), a tradicional "foto de família" dos líderes - um símbolo de unidade - foi cancelada devido às diferentes posturas a respeito de Moscou e da guerra.
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