Biden tacha de 'escandalosa' ordem de prisão do TPI contra dirigentes israelenses
O presidente americano, Joe Biden, qualificou de "escandalosa" a emissão de ordens de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra dirigentes israelenses, segundo um comunicado publicado nesta quarta-feira (21).
"Independentemente do que possa insinuar o TPI, não há equivalência - nenhuma - entre Israel e Hamas", afirmou Biden, depois que a corte sediada em Haia emitiu ordens de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant.
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"Sempre apoiaremos Israel diante das ameaças à sua segurança", acrescentou Biden.
Os Estados Unidos e Israel não ratificaram o tratado que estabelece o TPI, o que impede que crimes de guerra atribuídos a eles sejam processados em Haia.
Um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca já havia declarado que o TPI "não tem jurisdição neste caso".
O comunicado de Biden não menciona o mandado de prisão emitido pelo TPI contra Mohamed Deif, o chefe militar do movimento islâmico palestino Hamas.
Mike Waltz, futuro conselheiro de segurança nacional do presidente eleito Donald Trump, defendeu anteriormente Israel e prometeu uma "resposta firme contra o viés antissemita do TPI e da ONU a partir de janeiro", quando o republicano assumir o cargo.
"O TPI não tem credibilidade, e essas acusações foram refutadas pelo governo dos Estados Unidos", afirmou Waltz na rede social X.
Essa posição reflete a indignação dos republicanos, alguns dos quais pediram que o Senado dos Estados Unidos sancione os membros do TPI, tribunal internacional encarregado de julgar crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídios.
Os 124 Estados que fazem parte do TPI têm a obrigação de cumprir suas decisões.
O tribunal informou nesta quinta-feira que as ordens de prisão contra Netanyahu e Gallant foram emitidas "por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos desde pelo menos 8 de outubro de 2023 até pelo menos 20 de maio de 2024".
Também foi emitido um mandado de prisão contra Deif, que, segundo Israel, morreu em um ataque aéreo em Gaza em julho. O Hamas não confirmou sua morte.
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