Ex-ministro de Bolsonaro é preso em investigação por trama golpista (fonte policial)
A Policia Federal prendeu neste sábado o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e ex-candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022, na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe, informou uma fonte da força à AFP.
A PF afirmou em nota que cumpriu uma ordem de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão "contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas".
Segundo a fonte, Braga Netto foi preso na operação.
No final de novembro, a polícia recomendou o indiciamento do ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, 69 anos, e vários de seus aliados por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva após sua vitória nas eleições de 2022.
Além do ex-presidente (2019-2022), a polícia recomendou processar seu ex-ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, que também foi seu companheiro de chapa nas eleições.
Os 37 identificados podem ser processados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, segundo a Polícia Federal.
A investigação da PF, que coletou provas durante dois anos, está condensada em um documento de 884 páginas, agora nas mãos da Procuradoria-Geral da República, que deve decidir se acusa criminalmente os indicados.
Segundo o inquérito policial, Bolsonaro teve plena consciência e participação ativa em uma frustrada trama golpista para impedir a posse de Lula.
A extrema direita também teria pleno conhecimento de um suposto esquema para matar Lula após sua vitória eleitoral.
O plano 'Punhal Verde e Amarelo' teria sido discutido na casa do general Braga Netto e impresso no Palácio do Planalto, segundo investigadores.
Entre as provas colhidas pela PF está também um manuscrito encontrado na sede do Partido Liberal de Bolsonaro, entre pertences de um assessor de Braga Netto.
rsr/mel/jc
© Agence France-Presse
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