Superliga, rebatizada como 'Unify League', pede para ser reconhecida pela Fifa e Uefa
A promotora da Superliga informou nesta terça-feira (17) que solicitou à Fifa e à Uefa o "reconhecimento oficial" da sua competição, rebatizada de 'Unify League', com base na recente decisão do Tribunal de Justiça do Tribunal da União Europeia (TJUE).
A A22 Sports Management "enviou uma proposta à Uefa e à Fifa para obter o reconhecimento oficial das suas novas competições europeias transfronteiriças de futebol de clubes", disse a promotora com sede em Madri num comunicado enviado à AFP.
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Depois de ter conversado com as diferentes ligas, clubes e outros atores do futebol, a A22 indicou que alterou o seu formato de competição para levar em conta "os resultados anuais" nos campeonatos nacionais para determinar os participantes do novo torneio, sem dar mais detalhes dos possíveis participantes ou as datas da nova competição.
"A competição tem um novo nome, 'Unify League', em coerência com a plataforma de streaming que transmitirá os jogos ao vivo gratuitamente" e isso significará "uma melhoria considerável na experiência de visualização a partir de casa", acrescentou a A22.
Este projeto alternativo à Liga dos Campeões ameaçou uma implosão no futebol europeu quando foi apresentado em 2021, então com formato de competição semifechada e inicialmente apoiado por 12 grandes clubes do continente, tendo Real Madrid e Barcelona como pontas de lança do projeto.
Porém, diante da pressão do governo, dos órgãos e torcidas e da possibilidade de receber pesadas sanções, os seis clubes ingleses (Manchester United, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Chelsea e Tottenham) rapidamente se retiraram do projeto, ao qual mais tarde se juntaram depois Atlético de Madrid, Milan, Inter e Juventus, deixando os dois gigantes do futebol espanhol sozinhos.
Em maio de 2024, a justiça espanhola considerou que a Fifa e a Uefa haviam "abusado da sua posição dominante" com a sua oposição à Superliga e retomou o argumento que levou o TJUE a desmentir as regras de ambas as instâncias que bloqueiam a criação de novos torneios se respeitam os princípios da integração, da meritocracia e estão integrados no calendário global.
A Uefa reagiu afirmando que alterou o seu regulamento e que "não é afetada pela decisão" do tribunal de Madri, que "não dá a terceiros o direito de lançar competições sem autorização".
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