'Nunca satisfeito', Alex de Minaur mira Top 5 em 2025
Depois de encerrar 2024 na nona posição do ranking da ATP, o tenista australiano Alex de Minaur começa a temporada 2025 neste sábado (28), em Sidney, e quer se aproximar "o máximo possível" do Top 5 do tênis mundial.
Às vésperas dos primeiros torneios da temporada, preparatórios para o Aberto da Austrália (11 a 26 de janeiro), De Minaur declarou em entrevista concedida em Londres à AFP no início de dezembro que "nunca está satisfeito" e que sua "fome para melhorar" é seu "combustível diário".
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Pergunta: Três quartas de final em Grand Slam, dois títulos e Top 10. Como você explica seu sucesso em 2024?
Resposta: "Acho que toda a minha vida e toda a minha carreira foram construídas em pequenos passos. O sucesso não vem de uma só vez, exige muito trabalho. Eu tento analisar constantemente o meu jogo para me tornar a melhor versão de mim mesmo. Em 2024, dei sem dúvida o maior passo ao entrar no Top 10. Era um dos meus objetivos".
P: Em quais aspectos do seu jogo você trabalhou para 2025?
R: "Nada extraordinário. Eu me concentrei em melhorar o meu saque para tentar ganhar um pouco mais de pontos 'de graça'. Claramente melhorei a velocidade dos meus saques, agora tenho que tentar ganhar massa muscular e condicionamento físico para ser mais competitivo contra os melhores".
P: Você ainda não conseguiu vencer Carlos Alcaraz (N.3) nem Jannik Sinner (N.1).
R: "Contra Carlos só joguei duas vezes: na primeira [em Barcelona, 202]), tive dois match points; na segunda [Queen's en 2023], o jogo escapou um pouco, mas foi um bom duelo. Jannik, no entanto, foi muito mais difícil para mim [nove confrontos e nove vitórias para o italiano], como para tantos outros jogadores em 2024. Dito isto, não quero me conformar. Meu objetivo é tentar vencer os dois".
P: Quais são suas metas para 2025?
R: "Não sou o tipo de pessoa que estabelece grandes objetivos. Espero simplesmente começar a temporada em plena forma e reencontrar a motivação que tive no início da temporada passada. Mas idealmente, o objetivo seria me aproximar o máximo possível do Top 5".
P: Está visando algum torneio em particular?
R: "O objetivo é jogar bem os grandes torneios. Se eu quero melhorar meu ranking, é aí que posso ganhar pontos. Então o objetivo é chegar longe nos Grand Slam e Masters 1000".
P: O fato de começar a turnê australiana como melhor jogador local coloca algum tipo de pressão sobre você?
R: "Nunca considerei isso uma pressão a mais, é bem mais uma motivação extra. Jogar na Austrália, para mim, é um estímulo. Quando entro na quadra, sei que o público vai me apoiar do primeiro ao último ponto".
P: No tênis masculino, nenhum australiano vence um Grand Slam desde o título de Lleyton Hewitt em Wimbledon em 2022, e a Austrália não levanta a Copa Davis desde 2003. Como você explica isso?
R: "Vivemos um período um pouco vazio, mas estes últimos três ou quatro anos demonstramos ser um país relevante. Temos nove jogadores no Top 100. Na Copa Davis, disputamos duas finais consecutivas (2022-2023) e uma semifinal, não estamos muito longe. A única coisa que falta, sem dúvida, é um Grand Slam, mas é uma das coisas mais difíceis de conseguir neste esporte. O tênis australiano está evoluindo claramente. Acho que conseguiremos o título da Copa Davis em breve, e espero um em Grand Slam".
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