Mais de 1.500 presos na crise pós-eleitoral da Venezuela foram libertados
Mais de 1.500 dos detidos durante os protestos contra a questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro na Venezuela foram libertados, informou nesta segunda-feira (6) o Ministério Público, após novas libertações no fim de semana.
Cerca de 2.400 pessoas foram detidas no âmbito das manifestações que eclodiram após denúncias de fraude da oposição nas eleições presidenciais de 28 de julho, que deixaram 28 mortos e quase 200 feridos.
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"Foram solicitadas e acordadas no dia 3 de janeiro de 2025 um total de 146 revisões (de casos), que somadas às processadas anteriormente (...) dão um total de 1.515 libertações", informou o Ministério Público em comunicado.
Os detidos, que incluem uma centena de adolescentes, todos já libertados, foram acusados de "terrorismo" e outros crimes. Eles foram levados para prisões de segurança máxima.
Maduro foi proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o vencedor das eleições com 52% dos votos.
Até o momento, não foi divulgado um escrutínio detalhado, como exige a lei, enquanto a oposição publicou em um site cópias dos registros eleitorais com os quais reivindica a vitória do candidato Edmundo González Urrutia.
Os familiares dos detidos realizaram inúmeras manifestações para exigir a sua libertação, ao mesmo tempo que denunciaram os maus-tratos aos seus entes queridos, a má nutrição e a negação de cuidados médicos. Três dos detidos morreram na prisão.
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