Militantes do MST são mortos a tiros no estado de São Paulo

Dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram assassinados a tiros em um ataque que também deixou seis feridos no interior de São Paulo, segundo a Polícia Civil, que prendeu um suspeito neste sábado (11).

O Ministério da Justiça ordenou à Polícia Federal abrir uma investigação, alegando uma "violação a direitos humanos", em comunicado compartilhado no perfil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na rede social X. 

Em nota, a Secretária de Segurança Pública de São Paulo anunciou que a Polícia Civil prendeu um suspeito de ser o autor intelectual do ataque "reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local em carros e motos e momentos depois atiraram".

O crime teria sido motivado por "um desentendimento sobre a negociação de um terreno na área de assentamento" onde ocorreu o ataque, acrescentou.

O ataque ocorreu entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado no assentamento Olga Benário em Tremembé, no interior de São Paulo.

"O presidente Lula ligou para a Direção Nacional do MST, expressou solidariedade ao movimento e às famílias" das vítimas, informou o MST no X. 

"Os corpos das duas vítimas ainda não foram liberados do IML [Instituto Médico Legal], e o velório está previsto para amanhã [domingo] pela manhã", acrescentou o movimento fundado em 1984. 

Segundo Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que visitou o local, "no total foram oito atingidos" pelos disparos, e um dos mortos no ataque foi Valdir do Nascimento, de 52 anos, líder do MST na região. 

O coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro, disse ao site UOL que Nascimento foi morto com muitos tiros na cabeça, "o que prova que esse grupo foi lá para aniquilá-lo".

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© Agence France-Presse

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