Filho de imigrantes, chefe da Diplomacia de Trump fala em 'frear migração em massa' da América Latina

O novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, prometeu "frear a migração em massa" e "garantir a segurança das fronteiras", segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira (22).

O que aconteceu

"Temos que frear a migração em massa e garantir a segurança de nossas fronteiras", afirma o documento. O comunicado é alinhado com a prioridade máxima do presidente Donald Trump, que, nas primeiras horas de seu segundo mandato, assinou uma avalanche de decretos, muitos deles para facilitar a expulsão ou bloquear o acesso de migrantes sem visto.

Rubio classificou a migração ilegal como "desestabilizadora". "Nossas relações diplomáticas com outros países, particularmente nas Américas, priorizarão a segurança das fronteiras da América, parar a migração ilegal e desestabilizadora, e negociar a repatriação de migrantes ilegais", advertiu.

Trump prometeu a deportação em massa de migrantes em situação irregular. Porém, ainda não se sabe se países como Cuba, Nicarágua e Venezuela os aceitarão e quantos as outras nações receberão.

Marco Rubio é filho de imigrantes cubanos e fala espanhol fluentemente. Ele quer deixar para trás o "foco em causas políticas e culturais que causam divisões em casa e são profundamente impopulares no exterior" para, segundo ele, "voltar aos fundamentos da diplomacia".

O novo secretário de Estado prevê "realizar uma política externa pragmática em cooperação com outras nações" em benefício dos interesses dos EUA. Em geral, seguirá o que considera ser a "agenda vanguardista" de Trump.

Rubio diz que o Departamento de Estado se concentrará no objetivo de Trump de "um retorno ao domínio energético americano". "Devemos aproveitar nossas forças e nos livrar das políticas climáticas que enfraquecem a América", afirma o secretário, que promete, no entanto, apoiar as "proteções ambientais sensatas".

Entre os decretos assinados por Trump está a reinclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo. Joe Biden havia retirado a ilha dias antes do fim de seu mandato.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.