França pede a UE que suspenda normas ambientais e sobre direitos humanos

A França pediu nesta sexta-feira (24) que a União Europeia suspenda indefinidamente a implementação de regras sobre padrões ambientais e de direitos humanos na cadeia de suprimentos, dizendo que elas são muito caras para as empresas.

"Nossas empresas precisam de simplificação, não de encargos administrativos adicionais", disse o ministro francês de Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, no X, anunciando o pedido de seu governo.

Ele também solicitou a revisão de um segundo pacote, muito criticado pelas empresas, de regras de relatórios de sustentabilidade corporativa.

A UE não está conseguindo acompanhar o ritmo dos EUA e enfrenta a crescente concorrência da China, em um cenário de baixa produtividade, crescimento lento, altos custos de energia e investimentos fracos.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, que a UE "deve tornar muito mais fácil fazer negócios".

"Muitas empresas estão retendo os investimentos na Europa por causa da burocracia desnecessária", disse ela.

Von der Leyen acrescentou que a Comissão lançaria um processo de simplificação e mencionou as regras que a França está agora solicitando que sejam suspensas.

De acordo com a Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD), as grandes empresas devem identificar e tratar dos "direitos humanos adversos e dos impactos ambientais" de suas cadeias de suprimentos em todo o mundo.

Aprovada em março do ano passado, a CSDDD é uma das leis mais ambiciosas que a UE aprovou nos últimos anos para melhorar as práticas comerciais.

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Haddad também pediu uma revisão da Diretriz de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), que exige que as grandes empresas forneçam aos investidores e a outras partes interessadas informações sobre seu impacto climático e suas emissões.

O governo francês descreveu nesta semana as regras da CSRD como "um inferno para os negócios".

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© Agence France-Presse

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