México anuncia reuniões com EUA sobre comércio e segurança

Funcionários do México e dos Estados Unidos se reunirão nesta semana em Washington para conversar sobre a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas e as operações contra o narcotráfico na fronteira comum, informou, nesta segunda-feira (17), a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.

Sheinbaum anunciou que o secretário de Economia do México, Marcelo Ebrard, "iria a Washington" esta semana para se encontrar com Howard Lutnick, secretário do Comércio de Trump.

Omar García Harfuch, secretário de Segurança, liderará a delegação mexicana para a reunião sobre esse tema, acrescentou.

"Espero, como sempre, que cheguemos a um bom acordo entre o governo dos Estados Unidos e nós", afirmou a presidente em sua coletiva de imprensa diária.

No dia 1º de fevereiro, Trump impôs tarifas de 25% sobre os produtos provenientes de Canadá e México, mas adiou sua entrada em vigor até o início de março enquanto negocia com ambos os países medidas contra a migração irregular e o tráfico de fentanil.

O presidente dos Estados Unidos também ameaça aplicar uma tarifa adicional de 25% sobre as importações de aço e alumínio a partir de 12 de março.

A presidente também destacou que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, "reconheceu" que há um tráfico de armas dos Estados Unidos para o México.

"Acho que é a primeira vez que se reconhece que não se trata apenas do tráfico de drogas, mas também de armas dos Estados Unidos para o México", disse Sheinbaum, referindo-se a uma entrevista concedida por Rubio a uma rádio no dia 13 de fevereiro. 

"Muitos desses cartéis estão encontrando maneiras de comprar armas ou o que quer que seja nos Estados Unidos e retornam no sentido contrário (para o México)", disse Rubio nessa entrevista, cuja transcrição foi divulgada pelo Departamento de Estado.

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"Vamos trabalhar juntos, com eles no lado deles da fronteira, nós no nosso lado da fronteira, para que possamos resolver o problema do tráfico de armas, lidar com o problema do fentanil, o problema da migração em massa e o problema dos cartéis", acrescentou o dirigente americano.

Por sua vez, Sheinbaum assegurou que ambos os governos compartilham informações "permanentemente" sobre as "operações que há na fronteira".

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© Agence France-Presse

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