Dinamarca anunciará grande plano de rearmamento ante a crescente ameaça da Rússia

A Dinamarca anunciará um plano de rearmamento "maciço" para seu exército na quarta-feira em resposta à crescente ameaça representada pela Rússia, disse a primeira-ministra do país escandinavo nesta terça-feira (18), sem especificar o custo do programa. 

"Devemos nos fortalecer maciçamente para proteger a Dinamarca. E devemos nos rearmar maciçamente para evitar a guerra", disse Mette Frederiksen ao Parlamento. 

Não foram divulgados detalhes sobre o custo do programa, mas, segundo a emissora estatal dinamarquesa DR, o governo anunciará a criação de um fundo de 50 bilhões de coroas (39,88 bilhões de reais) para gastos adicionais com defesa em 2025-2026. 

O governo pretendia originalmente duplicar o fundo, mas não há equipamentos de defesa suficientes para comprar uma quantidade muito maior, segundo a DR. 

As necessidades do exército incluem sistemas de defesa antiaérea, que não possui atualmente, acrescentou o canal. 

Esse rearmamento deve ser feito "rapidamente" diante de "uma situação difícil para nosso país, reino e continente", insistiu a primeira-ministra dinamarquesa no discurso ao Parlamento. 

A Dinamarca enfrenta atualmente a "situação mais perigosa de sua existência". "Está pior do que durante a Guerra Fria", disse. 

Após uma reunião de urgência de líderes europeus em Paris sobre a Ucrânia, Frederiksen alertou que "infelizmente a Rússia agora ameaça toda a Europa". 

A guerra na Ucrânia é uma resposta aos "sonhos imperiais da Rússia de construir uma Rússia maior e mais forte, e acho que não vão parar na Ucrânia", disse a jornalistas. 

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"Por isso muito me preocupa a ideia de um cessar-fogo rápido, porque isso pode dar ao presidente [russo Vladimir] Putin e à Rússia uma opção melhor [...] para se mobilizar novamente e atacar a Ucrânia ou outro país da Europa", acrescentou. 

Se o fundo dinamarquês realmente alcançar 7 bilhões de dólares, os esforços de defesa da Dinamarca, um dos principais apoiadores da Ucrânia, representarão 3% do PIB do país. 

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, o apoio militar dinamarquês a Kiev totalizou cerca de 7,5 bilhões de dólares (42 bilhões de reais), segundo o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês.  

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© Agence France-Presse

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