Petróleo fecha em alta, impulsionado por situação na Ucrânia e boatos sobre Opep+

Os preços do petróleo ganharam impulso nesta terça-feira (18), depois que a Ucrânia atacou uma estação de bombeamento no sul da Rússia, e em meio a dúvidas sobre a reintrodução de barris no mercado pela Opep+. 

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril fechou em alta de 0,82%, a 75,84 dólares. Seu equivalente americano, West Texas Intermediate, para entrega em março, subiu 1,57%, a 71,85 dólares. 

O mercado segue "preocupado com a situação entre Rússia e Ucrânia, e em particular com os ataques (...) da Ucrânia contra as infraestruturas russas", disse à AFP John Kilduff, analista da Again Capital.

A Ucrânia atingiu com drones um oleoduto que liga o mar Cáspio ao mar Negro pelo sul da Rússia, provocando a paralisação de uma importante estação de bombeamento, anunciou a empresa operadora na segunda-feira.

Os danos poderiam levar a uma queda de "cerca de 30%" no volume de petróleo bombeado a partir do Cazaquistão durante uns dois meses, disse o operador russo do oleoduto nesta terça-feira.

Este novo ataque, em resposta aos lançados pela Rússia nos últimos três anos na Ucrânia, ocorre em um momento de alvoroço diplomático em torno do conflito.

Nesta terça, Washington afirmou que Rússia e Estados Unidos vão criar equipes para negociar o fim da guerra o mais rápido possível, depois que as duas superpotências se reuniram na Arábia Saudita, sem a presença de Kiev ou dos europeus.

"O mercado está em um momento de flutuação, tentando digerir diferentes elementos", disse Kilduff. 

Além disso, o preço do petróleo foi impulsionado pela publicação de uma informação, desmentida depois por um alto funcionário russo, de que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) poderiam adiar novamente a volta de barris ao mercado.

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A informação foi publicada, nesta terça, pela agência Bloomberg antes de ser desmentida pelo vice-primeiro-ministro russo e ex-ministro da Energia Alexander Novak à agência Tass. 

Segundo estes rumores, "a Opep+ estaria considerando um quarto adiamento do aumento da produção", o que explica o aumento dos preços, e apesar do desmentido, "o resíduo da ideia permanece", explica John Evans, analista da PVM. 

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© Agence France-Presse

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