Equador pedirá a 'países aliados' o envio de forças especiais para enfrentar o narcotráfico

O governo do Equador anunciou, nesta quarta-feira (19), que solicitará a "países aliados" o envio de "forças especiais" para reforçar sua guerra contra as facções do narcotráfico, cuja violenta disputa pelo poder mantém a população em constante medo.

Sem revelar quais nações farão parte da aliança, o Executivo indicou em um comunicado que "propõe, de maneira temporária e no contexto da guerra declarada contra o narcoterrorismo, a incorporação de forças especiais de países aliados para apoiar e potencializar as ações das Forças Armadas e da Polícia Nacional" na luta contra as máfias.

O presidente Daniel Noboa declarou há um ano guerra contra os grupos do tráfico de drogas e proclamou o país em conflito armado interno, o que permite manter os militares nas ruas para tentar conter uma onda de violência.

Também chamou de "terroristas" e "beligerantes" cerca de 20 organizações locais com ligações com cartéis internacionais como o de Sinaloa, do México.

"As máfias e o narcotráfico operam em redes internacionais, por isso é necessário agir juntos para combatê-los de forma mais eficaz", disse o governo nesta quarta-feira.

Apontou ainda que Noboa "instruiu a Chancelaria a, respeitando o quadro constitucional e utilizando os canais diplomáticos correspondentes, realizar as aproximações para coordenar esforços e estabelecer acordos de cooperação para este objetivo".

"Enfrentar um inimigo comum - as máfias e o crime organizado - requer unidade e decisões firmes. Esta proposta, junto com outras ações lideradas pelo governo do Novo Equador, busca fortalecer a segurança do país", acrescentou.

Os conflitos pelo poder que há vários anos as gangues vêm sustentando resultaram em um aumento dos assassinatos no Equador de 6 por 100 mil pessoas em 2018 para 38 em 2024, passando pelo recorde histórico de 47 em 2023.

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© Agence France-Presse

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