Capturam um quarto suposto envolvido em atentado contra presidenciável na Colômbia
As autoridades da Colômbia prenderam nesta quinta-feira (19) um quarto suposto envolvido no atentado a tiros contra o senador e pré-candidato à presidência Miguel Uribe, que está internado há 12 dias em estado crítico, informou a Promotoria.
O senador de 39 anos foi baleado no dia 7 de junho com três tiros ? dois deles na cabeça ? durante um ato político em um parque de Bogotá. Internado desde então, Uribe passou por uma cirurgia de urgência na segunda-feira devido a uma hemorragia cerebral. Seu estado atual, segundo a clínica que o atende, é de "gravidade máxima".
O novo detido foi identificado como William Fernando González, informou à AFP um porta-voz da Promotoria, sem dar mais detalhes. A primeira audiência de legalização da prisão está marcada para esta sexta-feira.
A imprensa local afirma que câmeras de segurança registraram González circulando nas imediações do local do atentado.
Ele se soma a outros três investigados por suposta participação no ataque.
O suposto autor dos disparos, um adolescente de 15 anos, foi detido minutos após o atentado, a cerca de 350 metros do local, após ser baleado na perna pelos seguranças do senador.
Dias depois, as autoridades prenderam Carlos Eduardo Mora González, apontado como o motorista responsável pelo transporte dos envolvidos. No sábado, a polícia capturou Katerine Andrea Martínez, na região amazônica de Caquetá (sul), acusada de ter entregado a arma ? uma pistola Glock calibre 9 milímetros ? ao menor que efetuou os disparos.
Os três foram denunciados por tentativa de homicídio e porte ilegal de armas. Nenhum deles aceitou os cargos.
Um quinto suspeito, conhecido apenas pelo apelido de El Costeño, continua foragido. A imprensa local afirma, citando interrogatórios, que ele é peça-chave na investigação por conhecer a identidade dos mandantes do crime, que ainda não foram identificados.
O advogado de Uribe, Víctor Mosquera, afirma que os avanços da investigação indicam que o ataque foi planejado por uma "organização estruturada" com "antecedentes de atentados contra líderes de direita".
Uribe, opositor do presidente de esquerda Gustavo Petro, é crítico da venda e do consumo de drogas, e algumas de suas propostas são focadas no combate ao tráfico de entorpecentes.
Petro sugeriu que dissidentes da extinta guerrilha das Farc que não aderiram ao acordo de paz de 2016 poderiam estar envolvidos no atentado. Ele também suspeita de uma suposta máfia de narcotraficantes colombianos e estrangeiros com base em Dubai.
A Promotoria não confirmou nem refutou essas hipóteses.
vd/atm/am
© Agence France-Presse
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