Alegria Sem Ressaca prega carnaval sem drogas e sem excesso de álcool

O uruguaio Oscar Ferreira está no Rio de Janeiro para passar o seu primeiro carnaval na cidade. Ele participou hoje (24) do décimo terceiro pré-carnaval do bloco Alegria Sem Ressaca, que prega o combate às drogas e ao excesso de álcool. Apesar de afônico, "fui ao ensaio da escola de samba ontem (23)", Ferreira se mostrou encantado com a alegria dos foliões e a mensagem do bloco. "É muito legal, é muito bom quando a comunidade de junta para fazer alegria, sem excessos", disse.
A moradora de Copacabana Anunciação Silva foi conhecer o bloco pela primeira vez, que se concentra na Avenida Atlântica, no mesmo bairro. Para ela, a mensagem da agremiação é importante. "É possível brincar sem consumir drogas ou beber em demasia. Depende muito do ser humano", disse.
Segundo o idealizador do bloco Alegria Sem Ressaca, psiquiatra Jorge Jaber, especialista em dependência química e presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), a proposta é levar ao público a mensagem de prevenção ao uso de drogas e alertar para os riscos que o uso excessivo de álcool e de drogas pode causar à saúde. O lema do bloco é que ninguém precisa se drogar para se divertir. Durante o evento, foram divulgados endereços de atendimento gratuito a dependentes de drogas e seus parentes.

Rio de Janeiro - Bloco de rua Alegria sem Ressaca, que tem como proposta a folia sem o consumo de álcool, se concentra na Avenida Atlântica, em Copacabana (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
A madrinha do bloco é a atriz Luiza Tomé, que se identifica com a proposta de prevenção à dependência química e desfila há vários anos pelo Alegria Sem Ressaca. Luíza perdeu um irmão para as drogas por overdose e conseguiu recuperar outro depois de mais de dez internações. "Eu tive familiares com problemas de drogas e bebida e sei onde o abuso de qualquer coisa pode levar", disse.
Jorge Jaber disse que o objetivo do Alegria Sem Ressaca é lembrar que diversão e brincadeira não estão associadas ao uso de substâncias químicas e que, na verdade, drogas são responsáveis pelos altos índices de violência, acidentes e internações hospitalares que ocorrem durante o período do carnaval.
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