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Trabalhador da CPTM aceita proposta e descarta greve; Metrô adia paralisação

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil

23/05/2016 21h03

Em assembleias realizadas na noite de hoje (23), trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram aceitar a proposta oferecida pela empresa e encerrar a campanha salarial. Com isso, os trens circularão normalmente amanhã (24), quando estava prevista uma paralisação.

Nesta segunda-feira houve uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região (TRT-2) entre representantes da CPTM e dos quatro sindicatos que representam os trabalhadores.

Na audiência, a CPTM recuou da proposta anterior, de oferecer 10,44% aos trabalhadores em duas parcelas, e apresentou uma nova proposta de 7,5% de aumento sobre salários e benefícios, retroativos a março de 2016. No fim da tarde, após a reunião de conciliação, a CPTM decidiu voltar atrás novamente na proposta e voltou a oferecer o valor de 10,44%, que foi aceito pelos trabalhadores.

Sindicatos

Cada duas linhas da CPTM são representadas por um diferente sindicato de trabalhadores. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, por exemplo, representa as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil representa as linhas 11-Coral e 12-Safira e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Além deles, há também o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.

Metrô

Em assembleia à noite, os trabalhadores do Metrô recusaram a proposta da empresa, mas decidiram adiar para o dia 1º de junho a greve prevista para amanhã.

Hoje, antes da assembleia, representantes dos sindicatos dos Metroviários e dos Engenheiros e representantes da companhia estiveram reunidas em uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2a região. Mas não houve acordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 10,82% e aumento real de 6,59%, enquanto a empresa ofereceu 7,5%.

Uma nova audiência foi marcada para 31 de maio, às 13h30. Até lá, sindicatos e a empresa irão ter duas reuniões de negociação nos dias 24 e 30 de maio.

No dia 24, os metroviários deverão participar de um ato unificado na Praça Roosevelt, a partir das 17 horas, com outras categorias, protestando contra o que chamam de "sucateamento do serviço público" feito pelo governo de Geraldo Alckmin.