Brasil e Colômbia unem esforços para combater o Aedes aegypti
Dois municípios que fazem a chamada fronteira seca entre Brasil e Colômbia resolveram se unir para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Tabatinga, no Amazonas, e Letícia, no lado colombiano, vão contar com uma Sala Binacional de Coordenação e Controle ao Aedes. Como há livre circulação entre os moradores das duas cidades, a ideia da ação conjunta é possibilitar a troca de informações epidemiológicas e a construção de estratégias de enfrentamento ao mosquito. "Hoje as ações não são integradas. Elas são feitas realmente à medida que há disponibilidade não só de recursos humanos, mas de insumos de um lado e de outro. A perspectiva é que a gente possa fazer ações únicas e realmente definidas e integradas, dentro de um processo de parceria a nível local", explica o presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Bernardino Albuquerque. De acordo com informações do Ministério da Saúde, a Sala Binacional localizada em Tabatinga terá o apoio das salas Nacional e Estadual de Coordenação e Controle ao Aedes. O espaço foi cedido pela Secretaria de Saúde do município. Já a Fundação de Vigilância de Saúde doou equipamentos como computadores, freezer e geladeira. Os encontros entre os representantes dos dois países vão acontecer sempre na última sexta-feira de cada mês. "Não adianta nós fazermos aqui no Brasil a visita de casa em casa, se a Colômbia não tem a oportunidade de fazer o mesmo, ou vice-versa. Para o mosquito não há fronteira", afirma Albuquerque. O presidente da FVS-AM informou ainda que há a possibilidade de integração também com cidades peruanas que fazem fronteira com o Amazonas.
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