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Morte de sargento eleva para 49 número de policiais assassinados no Rio em 2016

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

23/06/2016 18h12

Mais um policial militar foi morto hoje (23) no Rio de Janeiro. A vítima é o sargento Ericson Gonçalves Rosário, 34 anos, que morreu em uma emboscada quando checava informação junto com colegas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Jacarezinho. Ericson era lotado na UPP Manguinhos e foi atacado por criminosos armados de fuzis, que estavam no telhado de uma fábrica, na localidade conhecida como Garganta. Desde o início do ano, 49 policiais já morreram. De acordo com os comandos das unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Jacarezinho e Manguinhos, equipes dessas UPPs estavam checando denúncias quando, por volta das 11h desta quinta-feira, foram atacados por criminosos posicionados no telhado de uma fábrica. No confronto, um policial da UPP Manguinhos foi baleado e socorrido no Hospital Quinta D'or, em São Cristóvão, mas não resistiu aos ferimentos. Honras O sargento Ericson Gonçalves Rosário era casado e não tinha filhos. Ele estava na corporação há 14 anos. Um homem que estava próximo ao local também foi atingido e levado por policiais militares para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio. O comandante-geral da PM, coronel Edson Duarte dos Santos Junior, determinou a realização de operação policial na comunidade do Jacarezinho, com apoio do Comando de Operações Especiais (COE), por tempo indeterminado. O objetivo é capturar os homens que cometeram o crime contra o sargento. O policial será enterrado com todas as honras militares. Não há confirmação ainda sobre o local e hora do enterro do policial. Terrorismo Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame disse pelo twitter que o sargento Ericson foi vítima de um ato de terrorismo. Uma torpe emboscada sem chance de defesa. O que esses criminosos fazem nessas comunidades, onde se busca um projeto de paz, é criar a cultura do terror e do medo. Policiais mortos Desde o início do ano, 49 policiais militares e civis morreram, a maioria PMs. De um total de 216 baleados, 205 eram policiais militares, oito civis e três rodoviários federais. Entre os feridos, 77 foram atingidos em áreas com Unidade de Polícia Pacificadora.