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Moradores incendeiam ônibus em protesto contra derrubada de favela no Rio

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

28/06/2016 18h10

O surgimento de uma nova favela na Estrada do Galeão, altura da Avenida Vinte de Janeiro, na Ilha do Governador, foi impedido hoje (28) por servidores da Secretaria de Ordem Pública (Seop), da prefeitura do Rio, com auxílio da Guarda Municipal e apoio da Polícia Militar. A ação de desocupação retirou algumas estruturas de madeira que já estavam montadas no local, junto ao muro do Aeroporto Internacional Tom Jobim. De acordo com a Seop, a demarcação da área com estrutura de madeira não era legalizada e a ação foi realizada com a finalidade de criar uma nova favela nas proximidades do aeroporto. Em protesto contra a ação de desocupação, moradores da comunidade Vila Joaniza, que fica ao lado, atearam fogo a um ônibus urbano na Estrada do Galeão. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando chegou o ônibus já estava totalmente destruído. Tráfego Com isso, o tráfego ficou complicado no acesso à Linha Vermelha, que liga a Baixada Fluminense à Ilha do Governador. Depois de duas horas com retenção no tráfego na Estrada do Galeão, o ônibus foi rebocado pela prefeitura do Rio e retirado da pista para liberar a passagem de veículos. A situação está normalizada na região, mas homens da tropa de Choque do Batalhão da Polícia Militar, com apoio da Guarda Municipal, permanecem no local para garantir a mobilidade e segurança dos motoristas. Ônibus incendiados Em nota, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) manifestou repúdio a mais um ataque a ônibus na tarde desta terça-feira (28), na Ilha do Governador. O incêndio em um veículo da linha 323 (Bananal-Castelo) ocorreu na Estrada do Galeão, no trecho próximo à Estrada das Canárias, por volta das 14h. Somente este ano, 27 ônibus foram destruídos em atos criminosos no município do Rio, com custo de reposição superior a R$ 10 milhões.