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Instituição financeira panamenha é alvo da nova fase da Lava Jato

Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

07/07/2016 07h41

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã de hoje (7) a Operação Caça-Fantasmas, a 32ª fase da Lava Jato, que investiga uma instituição financeira panamenha que atuava no Brasil ilegalmente, sem autorização do Banco Central, e comercializava empresas offshore. Entre os clientes da instituição financeira, pessoas que desejam lavar dinheiro, estão investigados na Lava Jato, o que levou a PF a concluir que recursos desviados da Petrobras passaram pela instituição panamenha. Cerca de 60 policiais cumprem 17 ordens judiciais - sete conduções coercitivas e dez mandados de busca e apreensão - nas cidades de Santos, São Paulo e São Bernardo do Campo. Segundo os investigadores, a instituição financeira panamenha funcionava como uma verdadeira agência comercial de serviços bancários, cujo objetivo seria facilitar o envio de recursos ilícitos ao exterior. Funcionando à margem do sistema financeiro nacional, a instituição panamenha oferecia, entre seus serviços, a comercialização de empresas offshore registradas pela panamenha Mossack Fonseca, que já foi alvo da 22ª fase da Lava Jato. A Mossack também está no centro do escândalo mundial Panamá Papers, um esquema de ocultação de recursos usado por centenas de autoridades e celebridades de dezenas de países, revelado este ano por um consórcio internacional de jornalistas. Nesta fase da Lava Jato, a PF apura crimes contra o sistema financeiro nacional, a lavagem de ativos e a formação de organização criminosa internacional. O nome caça-fantasmas foi escolhido por causa do objetivo da operação: revelar a extensão da atuação e a clientela oculta da instituição financeira panamenha. Esta é a segunda operação da PF ligada à Lava Jato realizada nesta semana.