Topo

Temer diz que escolha de Castro mostra que governo não vai interferir na Câmara

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil

12/07/2016 15h48

O presidente interino Michel Temer disse hoje (12) que a escolha do deputado Marcelo Castro (PI) como candidato único do PMDB na eleição à presidência da Câmara dos Deputados é uma demonstração de que não vai se envolver na disputa.  Presidente interino Michel Temer participou de almoço com parlamentares da Frente Parlamentar da AgropecuáriaMarcelo Camargo/Agência Brasil "É uma demonstração de que nós não entramos na questão da Câmara", afirmou Temer, após ser perguntado se iria apoiar a candidatura de Castro. Temer deu a declaração depois de um almoço com parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária. Depois de mais de uma hora de reunião a portas fechadas, o PMDB escolheu o deputado e ex-ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff, Marcelo Castro, para ser o candidato único do partido na eleição à presidência da Câmara. Antes do almoço com a Frente Parlamentar, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que a indicação do PMDB é "demonstração inequívoca de que o governo não está se envolvendo no processo" de eleição na Casa. "O processo está em andamento. Minha expectativa continua sendo a de que possamos ter ao fim um número menor de candidatos. Se não, todos disputam e no segundo turno vamos ver quem é o presidente da Câmara", acrescentou Geddel, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso. "Preferíamos e se pudéssemos influir era para que houvesse um entendimento global na base. Se não há, qualquer movimento nosso pode ser interpretado como preferência por A ou B e aí sim causar racha", destacou o ministro. Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que "o governo trabalha com a ideia da base ter um candidato único" para a presidência da Câmara dos Deputados. "Estamos trabalhando para que se tenha um só candidato. É possível construir [candidatura única]. Não tem por que criarmos a possibilidade de ter qualquer arranhão na base. Temos o projeto de um novo Brasil e esse novo Brasil passa por a gente ter condições de ter na Câmara a base que temos hoje. Não podemos correr riscos", concluiu Padilha.