Sentindo-se ameaçado, lutador neozelandês sai do Brasil e vai para o Canadá
O lutador de jiu-jitsu, o neozelandês Jason Lee, que acusou policiais militares de sequestro e extorsão, na Baixada Fluminense, deixou o Brasil. Ele sentiu-se ameaçado depois que, como disse, policiais apareceram de surpresa em sua casa, na última segunda-feira (25). Segundo o relato de Lee nas redes sociais, ele não deixou os policiais entrarem na casa e entrou em contato imediatamente com a Polícia Civil e com a Embaixada da Nova Zelândia. "A Polícia Civil tinha me garantido que, se eu desse um depoimento [sobre o caso do sequestro], a Polícia Militar não teria acesso às minhas informações pessoais", escreveu Jason Lee numa rede social. Ontem, o lutador escreveu que tinha chegado em segurança em Toronto, no Canadá, na companhia da namorada, a jornalista neozelandesa Laura McQuillan. Lee morava há dez meses no Rio de Janeiro, com o objetivo de aprimorar suas técnicas de jiu-jitsu. No último dia 23, segundo o lutador, ele foi abordado por policiais militares, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando retornava de uma competição em Resende, no sul fluminense. Ainda de acordo com Lee, os policiais o forçaram a entrar numa viatura, sob a ameaça de prisão, e o obrigaram a retirar dinheiro em um caixa eletrônico. Dois policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) foram presos administrativamente pela Polícia Militar na noite de segunda-feira (25) e estão detidos na unidade prisional de Niterói. De acordo com a Polícia Militar, os policiais que foram à casa de Jason Lee eram da Corregedoria da PM e queriam tomar o depoimento dele sobre o sequestro e a extorsão. A Corregedoria instaurou um procedimento para apurar o envolvimento dos policiais no caso.
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