Embraer faz acordo de US$ 206 milhões em caso de corrupção internacional
Avião da empresa Embraerpágina na internet. Segundo a companhia, a investigação começou em 2010, quando foi questionada por autoridades norte-americanas em relação a potenciais não-conformidades em certas transações comerciais no exterior. "Desde então, a companhia realizou ampla investigação interna, conduzida de maneira independente por escritórios de advocacia externos. A Embraer sempre tratou o assunto com absoluta seriedade e colaborou plenamente com a investigação, expandindo seu escopo inicial por iniciativa própria e compartilhando as apurações com as autoridades competentes", destacou a assessoria. O MPF ressaltou que o acordo é referente à prática, pela empresa, de corrupção transnacional, lavagem de ativos e falsa contabilidade no contexto da venda de aeronaves de sua fabricação para organismos e empresas estatais dos referidos países. O termo foi subscrito pelo procurador da República Marcello Miller e pelo presidente da CVM, Leonardo Porciúncula Gomes Pereira. Depois disso, foi homologado pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro/RJ. Do total acordado, coube às autoridades brasileiras R$ 64 milhões, destinados ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça. "Esse pagamento tem por finalidade desfazer o enriquecimento ilícito da companhia e reparar os danos difusos para as estruturas do mercado de capitais advindos das práticas descritas no termo, sem alcançar interesses de natureza diversa. O valor pactuado considerou a margem líquida de lucro, calculada segundo critérios utilizados no Brasil e em vários outros países, do conjunto dos quatro contratos abrangidos pelo termo", destacou o MPF.
A empresa fabricante de aeronaves Embraer fechou um acordo judicial de US$ 206 milhões com autoridades dos Estados Unidos e do Brasil, para encerrar um caso de investigação de corrupção internacional de agentes da companhia na venda de aviões a diversos países. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (24) pela empresa e pelo Ministério Público Federal (MPF). O acordo de encerramento do caso foi feito com autoridades dos EUA, incluindo o Departamento de Justiça e o Securities and Exchange Comission, e do Brasil: MPF e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "As investigações, que são parte da documentação do acordo, apuraram que a empresa foi responsável por ações irregulares em quatro transações feitas entre os anos de 2007 e 2011, na Arábia Saudita, na Índia, em Moçambique e na República Dominicana. Essas transações totalizaram a comercialização de 16 aeronaves", segundo detalhou a Embraer em sua
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.