Governo vai contestar na OMC decisão dos EUA de sobretaxar aço brasileiro
O secretário executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Fernando Furlan, informou hoje (25), em evento no Rio de Janeiro, que o governo brasileiro vai contestar, na Organização Mundial do Comércio (OMC), a decisão dos Estados Unidos de sobretaxar produtos siderúrgicos brasileiros. Os EUA acusam o Brasil de dar subsídios à fabricação de aços laminados. Furlan garantiu que o governo brasileiro não dá vantagem indevida às companhias nacionais e que tentará reverter a situação o mais rápido possível. O secretário executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Fernando Furlan, representou o ministério mesmo já estando exonerado
"Eles [governo norte-americano] tomaram medidas compensatórias, uma sobretaxa ao imposto de importação, então, para cada tonelada do produto de aço brasileiro, além da taxa normal, é colocado uma sobretaxa no desembaraço aduaneiro", disse Furlan. "O Brasil é um grande exportador de aço lá. Não é a primeira vez que os Estados Unidos toma esse tipo de iniciativa e isso nos preocupa bastante". Furlan explicou que primeiro haverá uma consulta bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos, na tentativa de chegar a um acordo e evitar a "judicialização" no sistema de solução de controvérsias na OMC. A abertura da consulta foi autorizada na última reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), em setembro, e o Itamaraty concluiu material para solicitar a consulta a OMC. As reuniões bilaterais devem ocorrer no início do ano que vem. Caso não haja acordo, será feito então pedido de painel de especialistas para a decisão final, que pode demorar mais um ano. Sem o acordo, a contenda pode levar cerca de um ano e meio. Se o Brasil ganhar a disputa, os americanos deverão dar uma compensação dos prejuízos causados ao setor. Dentre os mecanismos que os Estados Unidos consideram mecanismos de apoio à indústria estão o linha Finame do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros. Furlan participou do Congresso Latinoamericano de Aço (Alacero), no Rio de Janeiro. Ele representou o ministério mesmo já estando exonerado, como publicado hoje no Diário Oficial da União.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.