Fiocruz e Sanofi assinam acordo para acelerar pesquisa de vacina contra o Zika
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a farmacêutica francesa Sanofi e o Walter Reed Army Institute of Research, dos Estados Unidos, assinaram hoje (27) um acordo sobre princípios de colaboração para acelerar o desenvolvimento e o registro de uma vacina contra o vírus Zika. "A ideia é juntar esforços", destacou o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Bio-Manguinhos/Fiocruz, Marcos Freire. Em entrevista à Agência Brasil, Freire explicou que a vacina em questão utiliza o vírus Zika inativado - como acontece, por exemplo, na dose injetável administrada em crianças contra a poliomielite. Uma forma de se referir ao vírus inativado, segundo Freire, seria chamá-lo de vírus morto ou incapaz de causar infecção. "É uma vacina que tem uma segurança maior. Uma grávida que tomar essa vacina, por exemplo, não teria risco", explicou. O acordo assinado hoje, segundo o especialista, define princípios para a colaboração entre as instituições. Ainda será necessário um acordo mais detalhado, que inclua questões de maior embasamento legal. "Estamos discutindo uma parceria para juntar esforços e desenvolver uma vacina inativada contra o Zika. Esse acordo visa a união desses três institutos para que juntos, utilizando todas as nossas expertises, possamos chegar a uma vacina." Freire não deu prazos para a conclusão da pesquisa e disse apenas que o esforço é para se chegar o mais rápido possível à fase de testes clínicos - quando a vacina é utilizada em voluntários. "É difícil dizer. Considerando que tudo corra maravilhosamente bem e muito rápido, ainda assim é difícil prever quando teremos uma vacina registrada. Se a gente conseguir chegar à fase 1 em 2017, à fase 2 em 2018 e iniciar a fase 3 em 2019, acredito que 2019 ou 2020 seriam nosso melhor cenário para ter uma vacina no mercado". Emergência Em fevereiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública diante do aumento de casos de microcefalia e outras desordens do sistema nervoso central relacionadas à infecção pelo vírus Zika. Desde 2015, pelo menos 67 países - incluindo o Brasil - registraram casos de infecção local pelo vírus. A entidade contabiliza, até o momento, mais de 60 parceiros e em torno de 25 iniciativas voltadas para o desenvolvimento de uma vacina que seja capaz de conter a epidemia de zika e, consequentemente, o aumento de casos de microcefalia no mundo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.