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Polícia apura causas de incêndio que matou nove pessoas na Bahia

Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil

25/11/2016 11h38

A Polícia Civil da Bahia ainda não identificou as causas do incêndio que matou nove pessoas e deixou 14 feridas em uma farmácia na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o corpo de uma mulher de 34 anos foi identificado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), por reconhecimento de impressão digital. Os demais continuam em processo de identificação, apontado como difícil, devido à carbonização. A Polícia Civil de Camaçari abriu um inquérito para apurar as causas do acidente, que aconteceu na última quarta-feira (23). Uma funcionária da farmácia já foi ouvida e, segundo a SSP, deu informações detalhadas sobre os minutos que antecederam a explosão. Segundo a funcionária e pessoas que conheciam o local, uma obra vinha sendo realizada no mezanino do estabelecimento há, pelo menos, 30 dias. Outras testemunhas ainda serão ouvidas nos próximos dias, inclusive os proprietários da farmácia. Até o momento, foi levantado pela polícia que a explosão levou ao desabamento do mezanino da loja. Isso teria acontecido enquanto pelo menos 12 pessoas aguardavam na fila para serem atendidas, dentro da farmácia. Entre as possíveis causas, as testemunhas citam vazamentos de gás de cozinha e problemas em um aparelho de ar condicionado. Como as causas ainda não foram identificadas, a polícia continua visitando o local, mas já confirmou a explosão, seguida de incêndio e desabamento. Luto na cidade Desde ontem (24), foi iniciado o período de sete dias de luto oficial na cidade, decretado pelo prefeito Ademar Delgado. Segundo a Prefeitura de Camaçari, o gestor municipal estava em viagem oficial a Cuiabá, capital do Mato Grosso, no momento do incêndio, "mas ao saber da gravidade do caso decidiu retornar imediatamente a Camaçari". Em nota, a Prefeitura também informou que a farmácia possui alvará sanitário de funcionamento regular, mas não existe registro de solicitação de alvará de reforma. Apesar disso, o órgão destaca que não há denúncias registradas na Defesa Civil sobre reforma irregular.