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Roger Abdelmassih tem alta e volta para a prisão em Tremembé

Bruno

23/12/2016 14h17

O médico Roger Abdelmassih, de 70 anos, condenado a 278 anos de prisão por estupro e atentado violento ao pudor contra pacientes e que teve teve o registro cassado, recebeu alta do Hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo. Ele foi levado, às 19h de ontem (22), para o município de Tremembé (SP), onde voltou para a Penitenciária Dr. José Augusto Salgado. Abdelmassih foi encaminhado ao hospital no último dia 15, por recomendação médica. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, sua hospitalização foi autorizada pela Justiça para que se submetesse a exames cardiológicos. Após o resultado dos exames, a equipe médica constatou a necessidade de internação. O hospital disse que que, por ordem judicial, não pode informar os procedimentos feitos no detento. Abdelmassih foi preso no dia 19 de agosto de 2014, no Paraguai. A prisão foi feita por agentes paraguaios da Secretaria Nacional Antidrogas, com apoio da Polícia Federal. Ele era procurado no Brasil, depois de ter sido denunciado por pacientes de cometer estupro em sua clínica de fertilização em São Paulo, entre os anos de 1995 e 2008. O médico, que era considerado um dos principais especialistas em fertilização no Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por crimes de estupro praticados contra 56 mulheres. Ele teve o registro profissional cassado em agosto de 2009. Apesar da condenação, em novembro de 2010, o médico não foi preso imediatamente em virtude de um habeas corpus concedido pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em 2009. Em fevereiro de 2011, porém, o habeas corpus foi cassado pelo próprio STF. Nessa época, porém, Abdelmassih já era considerado foragido da Justiça. Em janeiro de 2011, nova prisão foi decretada pela 16ª Vara Criminal da capital, baseada na solicitação de renovação do passaporte do próprio médico, o que configurava risco de fuga. Ele, no entanto, conseguiu fugir do país e passou a constar na lista de criminosos procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).