Policiais militares voltam a entrar na Penitenciária de Alcaçuz
Detentos entram em confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte Rio Grande do Norte ter sido um dos primeiros estados a pedir ao governo federal a presença das equipes de militares das Forças Armadas que o Ministério da Defesa criou especialmente para ajudar os estados que solicitarem a inspeção de estabelecimentos penais em busca de armas, drogas e celulares. As Forças Armadas, no entanto, estão no estado, atuando na segurança nas ruas da capital, Natal, onde, na semana passada, foi registrada uma série de ataques criminosos a ônibus, delegacias e outros prédios públicos. O governo estadual também espera receber o reforço do grupo de agentes integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária, criada pelo Ministério da Justiça e Cidadania, a pedido e por sugestão de governadores. A formalização da constituição da força foi anunciada hoje (24). Cedidos pelas unidades da Federação que aderirem aos acordos e convênios de cooperação e pelo próprio governo federal, a força-tarefa vão ajudar a controlar distúrbios, vigiar e custodiar presos, entre outras tarefas.
Tropas especiais da Polícia Militar (PM) voltaram a entrar na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal (RN). Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social, os policiais vão revistar as celas e dependências da unidade em busca de armas, aparelhos celulares e drogas, além de recontar os detentos e garantir a segurança das equipes que estão erguendo um muro de contêineres para separar os presos de facções criminosas rivais. De acordo com a secretaria, os policiais militares entraram na unidade por volta das 10h, sem nenhuma resistência de presos - ainda que muitos detentos continuem espalhados pelo pátio da unidade. Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Tropa de Choque da PM se dirigiram para os pavilhões 1, 2 e 3, enquanto o efetivo do Grupo de Operações Especiais (GOE) atua na contenção dos pavilhões 4 e 5. A Penitenciária de Alcaçuz vive uma guerra entre duas facções desde o dia 14 de janeiro, quando pelo menos 26 presos foram assassinados brutalmente e boa parte da penitenciária passou a ser controlada pelos detentos. Agora, o plano das autoridades de segurança pública é manter homens das três tropas especiais no interior do estabelecimento até pelo menos a conclusão da instalação dos seis últimos contêineres, antes de iniciar a construção do muro definitivo, de concreto, que separará a área interna da penitenciária. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, o muro definitivo deverá ficar pronto em pouco mais de 15 dias. As placas pré-moldadas já foram encomendadas e, segundo o fabricante, devem ser entregues em cerca de dez dias. A instalação deve demorar mais dois ou três dias se não houver nenhum impedimento. Ainda de acordo com assessores da secretaria, a revista que os policiais militares estão realizando nas celas e dependências da unidade não contam com o apoio das Forças Armadas, apesar de o
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