De fim do Transpacífico a debate sobre muro: veja como foi a 1ª semana de Trump
Washington - Donald Trump assina decreto que retira os Estados Unidos do Acordo Transpacífico, assinado em outubro de 2015 por mais 11 países América em primeiro lugar", ele assinou decretos protecionistas, brigou com jornalistas e começou a planejar como será construído o muro para separar os EUA do México. Saiba como foi a primeira semana de Trump como presidente dos EUA:
Discussões com jornalistas Assim como ocorreu durante a campanha, a relação entre Trump e a imprensa continuou conturbada nos primeiros de governo. Após jornais norte-americanos apontarem que havia menos presentes no dia 20 do que nas duas posses de Barack Obama (em 2009 e 2013), Trump acusou jornalistas de serem desonestos. Segundo Trump, os jornalistas estão "entre os seres humanos mais desonestos na terra". Enfraquecimento do Obamacare Nas primeiras horas à frente da Casa Branca, Trump assinou uma ordem executiva que enfraquece o Obamacare, o programa de saúde dos EUA aprovado durante o governo de seu antecessor, Barack Obama. O programa tinha o objetivo de estender atendimento médico para toda população americana. Na segunda-feira (23), o Senado norte-americano já começava a discutir uma proposta para substituir o Obamacare. De acordo com os autores, o novo plano prevê que os estados, e não o governo federal, devam passar a cuidar das políticas de saúde. Trump proíbe financiamento a entidades que defendem aborto Também no dia 23, o novo presidente americano assinou um decreto que proíbe financiamento do governo federal para organizações não-governamentais estrangeiras que promovam ou custeiem a realização de abortos. O decreto deverá ter o apoio de setores religiosos que lutam contra o aborto no país. Porém, vai contra o que defende um segmento da Marcha das Mulheres, que desfilou pelas ruas de Washington em protesto contra as políticas anunciadas por Donald Trump. Muro entre os EUA e o México Na quarta-feira (25), o presidente transformou em realidade uma das mais polêmicas promessas de sua campanha eleitoral: a construção do muro na fronteira sul do país. O muro será erguido de forma prioritária nos locais que fazem fronteira com cidades mexicanas. Após a assinatura do decreto, Trump reafirmou que o México vai, de alguma forma, pagar pelo muro. A primeira consequência da medida foi o cancelamento da reunião que o presidente dos EUA teria com o presidente mexicano Enrique Peña Nieto. "Esta manhã informamos à Casa Branca que eu não vou assistir à reunião marcada para a próxima terça-feira [31 de janeiro] com o presidente dos Estados Unidos", escreveu Peña Nieto no Twitter. No mesmo dia, o secretário de imprensa da Casa Branca chegou a anunciar que uma alternativa para financiar a construção do muro seria aplicar um imposto de 20% sobre todas as importações do México direcionadas para o mercado americano. Repressão às cidades-santuário Outra medida de Trump contra a imigração foi a ordem executiva para bloquear fundos federais para as chamadas "cidades-santuário", que protegem imigrantes sem documentação. Os fundos federais serão abolidos para cidades que se recusem a fornecer informações às autoridades federais sobre o status de imigração de pessoas detidas nessas localidades. Entre elas estão Chicago, Nova York e Los Angeles. Saída do Transpacífico Na economia, a medida mais impactante de Trump foi o decreto assinado no dia 23 que cancelou a participação dos Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês), o mais importante acordo internacional assinado pelo ex-presidente Barack Obama. Os países signatários são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Com a medida, Trump começou a reconfigurar o papel dos Estados Unidos na economia global. Em vez de acordos multilaterais, Trump deve investir em acordos bilaterais com cláusulas de rescisão.
Construção de dois oleodutos Em termos ambientais, a medida mais impactante da primeira semana do governo Trump foi a aprovação do projeto de construção de dois polêmicos oleodutos, que tinha sido bloqueada pelo governo de Barack Obama ante a forte pressão de grupos ambientalistas. Um deles é o oleoduto Keystone XL, que transportará petróleo do Canadá até as refinarias nos Estados Unidos; o outro atravessará um território indígena em Dakota do Norte. Possível acordo bilateral com o Reino Unido Donald Trump se reuniu com a primeira-ministra britânica, Theresa May, no primeiro compromisso internacional do norte-americano na Casa Branca. Em entrevista coletiva após o encontro, Theresa e Trump afirmaram que pretendem ampliar a cooperação econômica e militar entre os dois países, inclusive com a possibilidade de um acordo de comércio bilateral. Segundo Theresa May, os dois líderes conversaram também sobre medidas práticas para combater o Estado Islâmico. Segundo ela, Trump disse estar "100% comprometido" com o Tratado do Atlântico Norte (Otan), apesar de ter o criticado anteriormente durante sua campanha eleitoral e manifestado intenção de revê-lo. A imprensa europeia e norte-americana já comparam a relação de Theresa May e Donald Trump à da primeira-ministra Margaret Thatcher e do presidente republicano Ronald Reagan, na década de 1980.
Em sete dias como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump começou a colocar em prática algumas das principais promessas de campanha. Após falar que vai colocar a "Discussões com jornalistas Assim como ocorreu durante a campanha, a relação entre Trump e a imprensa continuou conturbada nos primeiros de governo. Após jornais norte-americanos apontarem que havia menos presentes no dia 20 do que nas duas posses de Barack Obama (em 2009 e 2013), Trump acusou jornalistas de serem desonestos. Segundo Trump, os jornalistas estão "entre os seres humanos mais desonestos na terra". Enfraquecimento do Obamacare Nas primeiras horas à frente da Casa Branca, Trump assinou uma ordem executiva que enfraquece o Obamacare, o programa de saúde dos EUA aprovado durante o governo de seu antecessor, Barack Obama. O programa tinha o objetivo de estender atendimento médico para toda população americana. Na segunda-feira (23), o Senado norte-americano já começava a discutir uma proposta para substituir o Obamacare. De acordo com os autores, o novo plano prevê que os estados, e não o governo federal, devam passar a cuidar das políticas de saúde. Trump proíbe financiamento a entidades que defendem aborto Também no dia 23, o novo presidente americano assinou um decreto que proíbe financiamento do governo federal para organizações não-governamentais estrangeiras que promovam ou custeiem a realização de abortos. O decreto deverá ter o apoio de setores religiosos que lutam contra o aborto no país. Porém, vai contra o que defende um segmento da Marcha das Mulheres, que desfilou pelas ruas de Washington em protesto contra as políticas anunciadas por Donald Trump. Muro entre os EUA e o México Na quarta-feira (25), o presidente transformou em realidade uma das mais polêmicas promessas de sua campanha eleitoral: a construção do muro na fronteira sul do país. O muro será erguido de forma prioritária nos locais que fazem fronteira com cidades mexicanas. Após a assinatura do decreto, Trump reafirmou que o México vai, de alguma forma, pagar pelo muro. A primeira consequência da medida foi o cancelamento da reunião que o presidente dos EUA teria com o presidente mexicano Enrique Peña Nieto. "Esta manhã informamos à Casa Branca que eu não vou assistir à reunião marcada para a próxima terça-feira [31 de janeiro] com o presidente dos Estados Unidos", escreveu Peña Nieto no Twitter. No mesmo dia, o secretário de imprensa da Casa Branca chegou a anunciar que uma alternativa para financiar a construção do muro seria aplicar um imposto de 20% sobre todas as importações do México direcionadas para o mercado americano. Repressão às cidades-santuário Outra medida de Trump contra a imigração foi a ordem executiva para bloquear fundos federais para as chamadas "cidades-santuário", que protegem imigrantes sem documentação. Os fundos federais serão abolidos para cidades que se recusem a fornecer informações às autoridades federais sobre o status de imigração de pessoas detidas nessas localidades. Entre elas estão Chicago, Nova York e Los Angeles. Saída do Transpacífico Na economia, a medida mais impactante de Trump foi o decreto assinado no dia 23 que cancelou a participação dos Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês), o mais importante acordo internacional assinado pelo ex-presidente Barack Obama. Os países signatários são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Com a medida, Trump começou a reconfigurar o papel dos Estados Unidos na economia global. Em vez de acordos multilaterais, Trump deve investir em acordos bilaterais com cláusulas de rescisão.
Construção de dois oleodutos Em termos ambientais, a medida mais impactante da primeira semana do governo Trump foi a aprovação do projeto de construção de dois polêmicos oleodutos, que tinha sido bloqueada pelo governo de Barack Obama ante a forte pressão de grupos ambientalistas. Um deles é o oleoduto Keystone XL, que transportará petróleo do Canadá até as refinarias nos Estados Unidos; o outro atravessará um território indígena em Dakota do Norte. Possível acordo bilateral com o Reino Unido Donald Trump se reuniu com a primeira-ministra britânica, Theresa May, no primeiro compromisso internacional do norte-americano na Casa Branca. Em entrevista coletiva após o encontro, Theresa e Trump afirmaram que pretendem ampliar a cooperação econômica e militar entre os dois países, inclusive com a possibilidade de um acordo de comércio bilateral. Segundo Theresa May, os dois líderes conversaram também sobre medidas práticas para combater o Estado Islâmico. Segundo ela, Trump disse estar "100% comprometido" com o Tratado do Atlântico Norte (Otan), apesar de ter o criticado anteriormente durante sua campanha eleitoral e manifestado intenção de revê-lo. A imprensa europeia e norte-americana já comparam a relação de Theresa May e Donald Trump à da primeira-ministra Margaret Thatcher e do presidente republicano Ronald Reagan, na década de 1980.
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