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Índice de Confiança do Consumidor cai em janeiro, diz FecomercioSP

Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil

27/01/2017 11h00

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair ao passar de 110,7 pontos em dezembro para 102,2 pontos em janeiro, o que representa uma queda de 7,7%. Na comparação com janeiro do ano passado houve alta de 14,8%, de acordo com pesquisa feita mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. Após cinco altas consecutivas, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos dois itens componentes do índice, recuou 6,1% ao passar de 72,6 em dezembro para 68,2 pontos em janeiro. Em relação a janeiro de 2016, o índice teve alta de 19,5%. O segundo item componente do ICC, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), sofreu retração de 8,2%, passando de 136,1 pontos em dezembro para 125 pontos em janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 13,2%, a décima alta consecutiva. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, há uma atmosfera mais positiva do que existia há um ano, com as recentes mudanças no quadro político e econômico. "O resultado da pesquisa de janeiro mostra ainda um consumidor insatisfeito com as condições socioeconômicas do presente e inseguro quanto ao futuro. A situação do presente acaba por se refletir também nas expectativas, uma vez que as famílias seguem temerosas em relação ao mercado de trabalho". De acordo com a análise da FecomercioSP, o consumidor inicia o ano de 2017 demonstrando as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado: orçamento apertado por ganhos de renda mais modestos, em virtude do aumento real do custo de vida, causado pelas altas dos preços e juros e, principalmente, pela incerteza em relação ao seu emprego no futuro. De acordo com a pesquisa, no resultado do ICEA, os consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos e com 35 anos ou mais foram determinantes para a retração mensal. Já a queda do IEC foi motivada pelo público masculino e consumidores 35 anos ou mais.