MP mantém investigação sobre queda de helicóptero que matou filho de Alckmin
O Ministério Público vai manter a investigação a respeito da queda do helicóptero que matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador paulista Geraldo Alckmin. A promotora de Justiça de Carapicuíba (SP), Sandra Reimberg, discordou do relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), publicado em 2 de abril, e disse que não vai oferecer denúncia. "Relatório final do Cenipa não é meio de prova. É simplesmente uma conclusão de um órgão da Aeronáutica, cuja atribuição é a investigação de acidentes e incidentes aeronáuticos e tem por objetivo único a prevenção de outros acidentes e incidentes. Não se trata de laudo, não é subscrito por perito oficial nem pode destinar-se a produzir efeitos em feitos judiciais", disse a promotora em nota divulgada na última semana. Segundo o relatório do Cenipa, os controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck), que são fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, estavam desconectados antes da decolagem. O documento aponta ainda falhas na organização de trabalho: "a rotina de trabalho dos profissionais da organização de manutenção era suscetível a interferências e interrupções que promoviam quebra na sequência das atividades desenvolvidas". De acordo com a promotora, a investigação não está concluída e, até o momento, o MP mantém a mesma posição já manifestada em 2016. "Não é provável que o helicóptero tivesse alçado voo com os componentes apontados não conectados da maneira como manda o manual. Qualquer opção e enroscamento incorreto e/ou precário não permitiria o voo na forma como ocorreu", disse na nota. Em sua investigação, a Promotoria de Justiça conta com o trabalho de cinco assistentes técnicos, sendo dois engenheiros do próprio MP, um piloto de helicóptero, um perito aposentado do Instituto de Criminalística credenciado Cenipa e um professor doutor da Universidade de São Paulo (USP) Politécnica. O acidente ocorreu em abril de 2015, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e matou também o piloto Carlos Haroldo Gonçalves e os mecânicos Paulo Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza.
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