Brasil quer ampliar participação dos serviços de exportação
O Brasil espera ampliar a participação no setor de serviços de exportação nas próximas décadas, disse hoje (18) o secretário do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcelo Maia, ao participar, em São Paulo, do 8º Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (EnaServ), na sede da Fecomercio-SP. "A secretaria tem se empenhado em políticas que impulsionem os serviços e as relações trabalhistas. Avançamos nas discussões da terceirização, do trabalho. Internamente, os serviços têm um peso substancial, de cerca de 70% do PIB, mas estamos aquém do potencial do país no exterior." Segundo o secretário, o ministério vem estimulando empresas brasileiras dos setores de arquitetura, design, audiovisual, games, publicidade e propaganda, engenharia, comércio eletrônico. Esses serviços geram empregos mais qualificados, além da agregação de valor e sofisticação aos bens agrícolas e industriais, afirmou. Levantamento do Banco Central, feito em 2015, revela que os serviços responderam por 1,91% das exportações brasileiras e 4% das importações. O resultado é discrepante, se comparado à participação dos serviços no mercado interno, em que o setor respondeu por 71% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. De acordo com o ministério, o setor de serviços registrou queda de 15,5% nas exportações entre 2014 e 2015, ocupando a 32ª posição entre os maiores exportadores. Quanto à importação, no período entre 2010 e 2015, o Brasil avançou 19,2%, resultado inferior à média mundial, que foi de 24,9%. Estatísticas do Siscoserv, sistema informatizado do MDIC, mostram que atualmente os principais países que importam serviços do Brasil são Estados Unidos, Holanda, Suíça, Alemanha, Japão e Reino Unido. Os Estados Unidos utilizaram serviços de relações públicas, comunicação, e serviços profissionais e técnicos. O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, que participou do encontro, lamentou que a participação dos serviços no comércio exterior seja pequena. Para ele, exportar serviço significa exportar inteligência, característica de países desenvolvidos. O superintendente da área de Comércio Exterior do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Leonardo Pereira Rodrigues, disse que a instituição financia empresas de engenharia de construção, medicina, games e engenharia consultiva e que há potencial de evolução. "As exportações em serviços são altamente qualificadas e não tem perdas."
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