Saúde quer fim de filas de cirurgias em hospitais federais no Rio até fim do ano
O Ministério da Saúde pretende acabar, até o final deste ano, com as filas para cirurgias nos hospitais federais no Rio de Janeiro. A meta foi divulgada nesta quarta-feira (28) pelo secretário federal de Atenção à Saúde, Francisco de Assis Figueiredo. Segundo ele, a fila, que era de 17 mil pessoas em janeiro deste ano, já reduziu em 36%, para 10.800 pacientes, em junho. A exceção será a fila de ortopedia, que com 2.500 pessoas aguardando por cirurgias de alta complexidade. O secretário anunciou a iniciativa durante coletiva em que detalhou a reestruturação dos hospitais federais do Rio, que passarão a ser especializados e a ter uma fila única de cirurgias, "conferindo ganho de escala e dando mais agilidade aos procedimentos". "O que nós estamos propondo é zerar essa fila até dezembro. Temos dificuldade em uma especialidade, que é uma demanda muito forte no Rio, que é a ortopedia, especialmente quadril e joelho. Mas nas demais especialidades, nós vamos terminar essa fila até dezembro deste ano", disse o secretário. Segundo ele, não haverá suspensão ou diminuição de nenhum serviço, nem cortes nos hospitais durante a reestruturação do sistema. "O que estamos propondo é redefinir os hospitais em algumas especialidades e ter melhoria da qualidade e da quantidade dos serviços prestados. Estamos pegando os hospitais e unindo alguns serviços para que tenhamos uma escala maior de produção cirúrgica, clínica e ambulatorial. Nossa meta é ampliar toda nossa assistência em até 20% e oferecer mais serviços a toda a população do Rio de Janeiro", explicou. O Rio de Janeiro, por ter sido capital federal no passado, é a cidade com maior rede de unidades de saúde federais abrigando os hospitais Federal dos Servidores, Federal de Bonsucesso, Federal Cardoso Fontes, Federal de Ipanema, Federal da Lagoa e Federal do Andaraí. Além disso, conta com três institutos, o Into, o Nacional do Câncer e o Nacional de Cardiologia. As nove unidades contam com 21 mil funcionários. Em 2016, os seis hospitais realizaram 760,8 mil consultas, 50,4 mil internações, 45,3 mil cirurgias e 106,9 mil atendimentos de emergência. No primeiro trimestre deste ano, os hospitais ampliaram em 18,4% as consultas ambulatoriais e em 13% os procedimentos cirúrgicos, em comparação a igual período de 2016. Uma das explicações para o aumento na demanda, segundo o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar, Marcus Vinicius Fernandes, é a migração de pacientes para o sistema público de saúde, em função da perda dos planos particulares de saúde, decorrente do aumento do desemprego.
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