Associação de moradores da Rocinha convoca reunião sobre abuso de autoridade
Militares continuam na favela da Rocinha para combater confrontos entre facções de traficantes de drogasouvidoria.dpge@gmail.com. Desacato Um exemplo da relação tensa entre a polícia e moradores foi a detenção de um jovem de 19 anos, no meio da tarde, acusado de ter desacatado um policial militar. A mãe do jovem disse que o filho apenas ficou nervoso com a abordagem, o que bastou para o policial levá-lo à força para a 11ª DP. "Vocês vieram para ajudar a gente, ou para nos destruir? Basta de esculacho [desrespeito]", protestou a mãe, em frente da delegacia. No início da noite, após ser ouvido, o jovem foi liberado.
As ações policiais de busca pelo líder do crime na Rocinha, o traficante Rogério 157, têm incomodado moradores, que denunciam excessos durante as revistas, entrada nas casas sem mandado e até arrombamentos de portas. A comunidade está ocupada por forças de segurança federais e estaduais desde a última sexta-feira (22), após acirramento do confronto entre traficantes pelo controle da favela. Para tratar do assunto, a União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha (UPMMR) convocou para a amanhã (26) à tarde uma reunião na quadra esportiva da localidade conhecida como Roupa Suja. O ofício convocatório foi entregue no começo da noite de hoje (25) ao titular da 11ª Delegacia de Polícia, que abrange a Rocinha, delegado Antônio Ricardo. Segundo um representante da associação, a entidade recebeu apenas hoje denúncias de que 18 casas de moradores foram arrombadas pelas forças de segurança. O ouvidor da Defensoria Pública do Estado, Pedro Strozenberg, esteve nesta segunda-feira na Rocinha para ouvir moradores. "As notícias que chegam são sempre alarmantes, relatando certa agressividade das forças policiais nas revistas. O que se nota é uma insegurança, por parte dos moradores, de como serão os próximos dias, qual a estratégia da polícia e quanto tempo as Forças Armadas vão ficar", relatou Strozenberg. Segundo ele, denúncias podem ser feitas de forma anônima ao telefone 129, da Defensoria Pública, ou pelo e-mail
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