Operação integrada no Rio decorre de afrontas do crime, diz coronel
O coronel Roberto Itamar, porta-voz do Estado Maior Conjunto, disse hoje (30) que a operação integrada das forças armadas, Polícias Militar e Federal na Vila Joaniza e na Favela do Barbante, na zona norte do Rio de Janeiro, é uma decorrência de "ações afrontosas da criminalidade". No último fim de semana, criminosos atacaram e destruíram um posto de policiamento. "A operação de hoje é uma decorrência das ações bastante afrontosa feita pela criminalidade nos últimos dias, envolvendo particularmente o policiamento militar da área. Então, a Polícia Militar solicitou o apoio das forças armadas para trazer mais segurança e tranquilidade para a população dessa área da Ilha do Governador". A operação é a 12ª que ocorre com a integração entre as forças estaduais e federais de segurança. As Polícias Militar e Federal buscam criminosos, armas e drogas no interior da comunidade, enquanto as forças armadas atuam no cerco da área, controlando a circulação de pessoas para impedir fugas e a chegada de reforços para o grupo criminoso. O trabalho inclui a revista de moradores e motoristas que circulam pelo local, e o porta-voz das forças armadas pede que as pessoas colaborem. "Esse trabalho de controle de acesso requer essas revistas. É um incomodo, certamente, para as pessoas, mas é importante que a população colabore e realize de boa vontade essas revistas". Ao menos uma pessoa já teve que ser encaminhada a delegacia para averiguação. Ainda não foram divulgadas mais informações sobre o balanço da operação. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, três unidades escolares tiveram que ser fechadas na região. Uma escola, uma creche e um espaço de desenvolvimento infantil não abriram hoje, deixando 660 alunos sem aulas. A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, informou que nenhuma unidade teve seu funcionamento afetado pela operação. A operação integrada de hoje dá continuidade às ações iniciadas pela Polícia Militar na última terça-feira (28), na Vila Joaniza. O cerco das ruas em volta da comunidade é feito por 1.500 mil militares e veículos blindados. O perímetro de segurança inclui o controle do espaço aéreo, mas não há impacto nos aeroportos, segundo as forças armadas. *Colaborou a repórter Tatiana Alves, do Radiojornalismo da EBC
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