Decisão de Trump sobre Jerusalém gera protesto em frente a embaixadas americanas
Os protestos que se iniciaram desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel continuam neste domingo (10). Em diferentes localidades ocorrem manifestações em frente às embaixadas dos Estados Unidos. Também hoje, a Liga Árabe, formada por 22 países, divulgou comunicado no qual rejeita a decisão.
Em Jacarta, capital da Indonésia, cerca de 10 mil pessoas, segundo cálculos dos veículos de imprensa locais, concentraram-se em frente à embaixada norte-americana para protestar contra a decisão de Trump. A manifestação, convocada por um partido político de ideologia islâmica e parte da oposição ao atual governo indonésio, ocorre com o fechamento de uma dúzia de ruas e sem incidentes violentos, conforme afirmou a polícia em um comunicado. Com bandeiras da Palestina e cartazes contra o Trump, os manifestantes se reuniram para mostrar sua insatisfação com a decisão do governante americano e exigir "justiça internacional" para o povo palestino. A embaixada americana pediu na última sexta-feira (8) que seus cidadãos tomassem cuidado e "evitassem zonas de manifestações". O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou na última quinta-feira (7) a decisão de Trump e pediu que ele reconsiderasse sua posição. No Líbano, a polícia reprimiu os manifestantes que protestavam neste domingo em frente à represetação diplomática norte-americana na capital, Beirute. Os policiais lançaram gás lacrimogêneo, e as equipes de Defesa Civil empregaram canhões de água para dispersar os manifestantes, que lançaram garrafas e atearam fogo em pneus e contêineres de lixo na área de Aukar, próxima à sede da embaixada. Segundo a imprensa, há feridos entre os manifestantes, que portavam bandeiras palestinas e dos grupos políticos que organizaram o protesto, entre os quais havia formações esquerdistas e islamitas libanesas, bem como de facções palestinas. Os participantes do protesto entoaram palavras de ordem contra Israel e Trump e queimaram fotos do governante americano. Com a convocação do protesto em Beirute, as forças de segurança tomaram medidas preventivas e fecharam as ruas que levam à embaixada americana, razão pela qual os manifestantes se concentraram a mais de 1 quilômetro de distância do prédio. Nos últimos dias ocorreram manifestações em vários países árabes e muçulmanos contra a decisão de Trump, que foi condenada também pelos líderes políticos da região e pela comunidade internacional. Liga Árabe rejeita decisão Os ministros de Relações Exteriores de países da Liga Árabe expressaram hoje firme rejeição à decisão de Trump, e pediram que se retratasse, embora tenham se abstido de tomar medidas de pressão contra o governo americano. Os chefes de diplomacia, reunidos na sede da Liga Árabe, no Cairo, consideraram "nula" tal medida e a qualificaram de "violação perigosa da legislação internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas]". No comunicado final do encontro, que foi convocado de maneira extraordinária pela Jordânia, os ministros salientaram que essa mudança na política dos Estados Unidos para o conflito palestino-israelense representa um giro "perigoso" que coloca Washington do lado da "ocupação" e que o afasta do seu papel como mediador. O texto, que contém 16 pontos, foi aprovado após intensas discussões. "O conselho solicita aos Estados Unidos que anulem sua decisão sobre Jerusalém e trabalhem com a comunidade internacional para que Israel se comprometa a aplicar as decisões internacionais e a pôr fim à ocupação ilegal e ilegítima de todos os territórios palestinos e árabes ocupados desde junho de 1967", detalha o documento. Os países do grupo árabe comprometeram-se a pedir ao Conselho de Segurança da Organização da ONU que emita uma resolução na qual conste que o passo dado por Trump contradiz a legislação internacional. Além disso, os ministros instaram a comunidade internacional a reconhecer o Estado palestino com Jerusalém como capital. Trump anunciou na última quarta-feira (6) o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e prometeu a transferência da embaixada de seu país para esta cidade, após décadas de consenso internacional que condicionavam a decisão a um acordo de paz. *Com informações da Agência EFE
Em Jacarta, capital da Indonésia, cerca de 10 mil pessoas, segundo cálculos dos veículos de imprensa locais, concentraram-se em frente à embaixada norte-americana para protestar contra a decisão de Trump. A manifestação, convocada por um partido político de ideologia islâmica e parte da oposição ao atual governo indonésio, ocorre com o fechamento de uma dúzia de ruas e sem incidentes violentos, conforme afirmou a polícia em um comunicado. Com bandeiras da Palestina e cartazes contra o Trump, os manifestantes se reuniram para mostrar sua insatisfação com a decisão do governante americano e exigir "justiça internacional" para o povo palestino. A embaixada americana pediu na última sexta-feira (8) que seus cidadãos tomassem cuidado e "evitassem zonas de manifestações". O presidente da Indonésia, Joko Widodo, condenou na última quinta-feira (7) a decisão de Trump e pediu que ele reconsiderasse sua posição. No Líbano, a polícia reprimiu os manifestantes que protestavam neste domingo em frente à represetação diplomática norte-americana na capital, Beirute. Os policiais lançaram gás lacrimogêneo, e as equipes de Defesa Civil empregaram canhões de água para dispersar os manifestantes, que lançaram garrafas e atearam fogo em pneus e contêineres de lixo na área de Aukar, próxima à sede da embaixada. Segundo a imprensa, há feridos entre os manifestantes, que portavam bandeiras palestinas e dos grupos políticos que organizaram o protesto, entre os quais havia formações esquerdistas e islamitas libanesas, bem como de facções palestinas. Os participantes do protesto entoaram palavras de ordem contra Israel e Trump e queimaram fotos do governante americano. Com a convocação do protesto em Beirute, as forças de segurança tomaram medidas preventivas e fecharam as ruas que levam à embaixada americana, razão pela qual os manifestantes se concentraram a mais de 1 quilômetro de distância do prédio. Nos últimos dias ocorreram manifestações em vários países árabes e muçulmanos contra a decisão de Trump, que foi condenada também pelos líderes políticos da região e pela comunidade internacional. Liga Árabe rejeita decisão Os ministros de Relações Exteriores de países da Liga Árabe expressaram hoje firme rejeição à decisão de Trump, e pediram que se retratasse, embora tenham se abstido de tomar medidas de pressão contra o governo americano. Os chefes de diplomacia, reunidos na sede da Liga Árabe, no Cairo, consideraram "nula" tal medida e a qualificaram de "violação perigosa da legislação internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas]". No comunicado final do encontro, que foi convocado de maneira extraordinária pela Jordânia, os ministros salientaram que essa mudança na política dos Estados Unidos para o conflito palestino-israelense representa um giro "perigoso" que coloca Washington do lado da "ocupação" e que o afasta do seu papel como mediador. O texto, que contém 16 pontos, foi aprovado após intensas discussões. "O conselho solicita aos Estados Unidos que anulem sua decisão sobre Jerusalém e trabalhem com a comunidade internacional para que Israel se comprometa a aplicar as decisões internacionais e a pôr fim à ocupação ilegal e ilegítima de todos os territórios palestinos e árabes ocupados desde junho de 1967", detalha o documento. Os países do grupo árabe comprometeram-se a pedir ao Conselho de Segurança da Organização da ONU que emita uma resolução na qual conste que o passo dado por Trump contradiz a legislação internacional. Além disso, os ministros instaram a comunidade internacional a reconhecer o Estado palestino com Jerusalém como capital. Trump anunciou na última quarta-feira (6) o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e prometeu a transferência da embaixada de seu país para esta cidade, após décadas de consenso internacional que condicionavam a decisão a um acordo de paz. *Com informações da Agência EFE
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