Prefeito do Rio defende revisão do uso de armas letais por policiais militares
Armas
No caso da Polícia Militar, disse o prefeito, quanto mais a corporação se arma, mais os bandidos o fazem. Crivella fez a declaração em entrevista à imprensa, após reunião com o comando da Guarda Municipal e secretários da prefeitura e de municípios fluminenses, no centro da cidade.
No encontro, ele comentou o Encontro da Associação Internacional de Chefias de Polícia, realizado em outubro nos Estados Unidos (EUA), do qual participou com uma delegação da prefeitura. A aposta de Crivella não é no armamento da Guarda Municipal. Este era um dos pontos da plataforma de campanha que o elegeu prefeito, no ano passado. Ele disse que continua defendendo o uso de armas não letais pela Guarda Municipal. "Aqui no Rio, aliás, no Brasil, tem uma coisa que não existe em outras partes [do mundo]: à medida que vamos armando a polícia, os bandidos vão se armando. Então, é uma coisa que devemos considerar", afirmou. O prefeito contou que, no encontro nos EUA, entre as experiências exitosas de segurança pública, não foram apresentados relatos de uso de armas letais. "Lá, na Filadélfia [cidade norte-americana], nesse encontro, eles trataram de uma coisa fundamental: a polícia comunitária, todos trabalhando com armas não letais. Não houve nenhuma troca de experiência sobre uso de fuzil." No Rio, a Câmara de Veresadores liberou o uso de armas não letais pelos guardas municipais somente no mês de junho, apesar de protestos dos que fazem oposição ao prefeito. Com a medida, os agentes podem usar agora equipamentos para evitar agressões ou incapacitar pessoas em flagrante, temporariamente, como taser [arma de eletrochoque], gás lacrimogêneo e spray de pimenta apenas. Já a Polícia Militar, que também patrulha a cidade, pode ser encontrada portando armas de guerra, como fuzis, na orla. "A Inglaterra tem 40 mil policiais, sendo 3,5 mil com porte de arma, enquanto o Estado [do Rio] tem 50 mil policiais militares", disse, à imprensa o vereador Renato Cinco (PSOL). "O Rio não tem déficit de políiiais, o Rio tem déficit de emprego, de saúde e de educação", afirmou, referindo-se à forma de combate à violência na cidade. Nos Estados Unidos, a delegação do Rio foi apresentada a novas tecnologias e experiências de policiamento. Algumas das medidas estão em estudo pela prefeitura. Recentemente, a cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio, rejeitou, em plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores, a proposta do prefeito, Rodrigo Neves, de comprar armas letais para a Guarda Municipal. Os agentes permanecem desarmados. *Colaborou Raquel Júnia, do Radiojornalismo
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, afirmou hoje (13) que não é a favor do uso de armas letais pela Guarda Municipal e propôs uma reflexão sobre o crescente uso desse tipo de armamento pelo crime organizado.No caso da Polícia Militar, disse o prefeito, quanto mais a corporação se arma, mais os bandidos o fazem. Crivella fez a declaração em entrevista à imprensa, após reunião com o comando da Guarda Municipal e secretários da prefeitura e de municípios fluminenses, no centro da cidade.
No encontro, ele comentou o Encontro da Associação Internacional de Chefias de Polícia, realizado em outubro nos Estados Unidos (EUA), do qual participou com uma delegação da prefeitura. A aposta de Crivella não é no armamento da Guarda Municipal. Este era um dos pontos da plataforma de campanha que o elegeu prefeito, no ano passado. Ele disse que continua defendendo o uso de armas não letais pela Guarda Municipal. "Aqui no Rio, aliás, no Brasil, tem uma coisa que não existe em outras partes [do mundo]: à medida que vamos armando a polícia, os bandidos vão se armando. Então, é uma coisa que devemos considerar", afirmou. O prefeito contou que, no encontro nos EUA, entre as experiências exitosas de segurança pública, não foram apresentados relatos de uso de armas letais. "Lá, na Filadélfia [cidade norte-americana], nesse encontro, eles trataram de uma coisa fundamental: a polícia comunitária, todos trabalhando com armas não letais. Não houve nenhuma troca de experiência sobre uso de fuzil." No Rio, a Câmara de Veresadores liberou o uso de armas não letais pelos guardas municipais somente no mês de junho, apesar de protestos dos que fazem oposição ao prefeito. Com a medida, os agentes podem usar agora equipamentos para evitar agressões ou incapacitar pessoas em flagrante, temporariamente, como taser [arma de eletrochoque], gás lacrimogêneo e spray de pimenta apenas. Já a Polícia Militar, que também patrulha a cidade, pode ser encontrada portando armas de guerra, como fuzis, na orla. "A Inglaterra tem 40 mil policiais, sendo 3,5 mil com porte de arma, enquanto o Estado [do Rio] tem 50 mil policiais militares", disse, à imprensa o vereador Renato Cinco (PSOL). "O Rio não tem déficit de políiiais, o Rio tem déficit de emprego, de saúde e de educação", afirmou, referindo-se à forma de combate à violência na cidade. Nos Estados Unidos, a delegação do Rio foi apresentada a novas tecnologias e experiências de policiamento. Algumas das medidas estão em estudo pela prefeitura. Recentemente, a cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio, rejeitou, em plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores, a proposta do prefeito, Rodrigo Neves, de comprar armas letais para a Guarda Municipal. Os agentes permanecem desarmados. *Colaborou Raquel Júnia, do Radiojornalismo
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.