Tesouro reduzirá intervalo de leilões de títulos prefixados por causa da eleição
Leandro Secunho, coordenador de Operações da Dívida Pública
Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, a redução do intervalo entre os leilões dará mais flexibilidade na oferta desse tipo de papel num ano marcado pelas eleições presidenciais. Nesta sexta-feira (15), o Tesouro publicou o calendário dos leilões de títulos públicos de 2018. O coordenador do Tesouro destacou que o órgão está apenas aumentando a frequência dos leilões, sem aumentar a oferta total de títulos prefixados. "Eleições são, sem dúvida, uma das preocupações, cenário externo também. Existe toda a agenda política de aprovação da reforma da Previdência e de outras medidas que o governo precisa aprovar", declarou Secunho. Em 2017, explicou o técnico, o Tesouro deixou de leiloar NTN-F em alguns dias por causa da volatilidade no mercado. Ao cancelar os leilões, o intervalo entre as vendas desse tipo de papel aumentaram para um mês, em algumas ocasiões. Até 2010, o Tesouro leiloava NTN-F a cada semana. Desde 2011, as vendas passaram a ocorrer a cada 15 dias para incentivar o mercado secundário, quando os investidores revendem os papéis do Tesouro com juros determinados pelo mercado financeiro. As NTN-F são títulos prefixados de longo prazo, chegando a 30 anos em alguns casos. Esse tipo de papel tem forte participação de investidores estrangeiros. Por meio dos títulos públicos, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o câmbio ou ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados. Os títulos prefixados são desejáveis pelo Tesouro porque o governo sabe exatamente quanto vai pagar no vencimento dos papéis, daqui a vários anos. A previsibilidade, no entanto, tem um preço, porque os investidores cobram juros um pouco mais altos que a taxa Selic, que atualmente está em 7% ao ano, no menor nível da história. Em momentos de tensão no mercado, os compradores pedem juros maiores, por causa da desconfiança em relação à capacidade do governo de reembolsar os donos dos papéis. Além de aumentar a frequência dos leilões de títulos prefixados, o Tesouro deixará de fazer leilões trimestrais de recompra de NTN-F e NTN-B (título de longo prazo corrigido pela inflação). De acordo com Secunho, o governo recomprará os papéis apenas quando julgar necessário.
A partir do próximo ano, o Tesouro Nacional venderá títulos prefixados de longo prazo do tipo (NTN-F) toda semana, em vez de a cada quinzena.Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, a redução do intervalo entre os leilões dará mais flexibilidade na oferta desse tipo de papel num ano marcado pelas eleições presidenciais. Nesta sexta-feira (15), o Tesouro publicou o calendário dos leilões de títulos públicos de 2018. O coordenador do Tesouro destacou que o órgão está apenas aumentando a frequência dos leilões, sem aumentar a oferta total de títulos prefixados. "Eleições são, sem dúvida, uma das preocupações, cenário externo também. Existe toda a agenda política de aprovação da reforma da Previdência e de outras medidas que o governo precisa aprovar", declarou Secunho. Em 2017, explicou o técnico, o Tesouro deixou de leiloar NTN-F em alguns dias por causa da volatilidade no mercado. Ao cancelar os leilões, o intervalo entre as vendas desse tipo de papel aumentaram para um mês, em algumas ocasiões. Até 2010, o Tesouro leiloava NTN-F a cada semana. Desde 2011, as vendas passaram a ocorrer a cada 15 dias para incentivar o mercado secundário, quando os investidores revendem os papéis do Tesouro com juros determinados pelo mercado financeiro. As NTN-F são títulos prefixados de longo prazo, chegando a 30 anos em alguns casos. Esse tipo de papel tem forte participação de investidores estrangeiros. Por meio dos títulos públicos, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o câmbio ou ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados. Os títulos prefixados são desejáveis pelo Tesouro porque o governo sabe exatamente quanto vai pagar no vencimento dos papéis, daqui a vários anos. A previsibilidade, no entanto, tem um preço, porque os investidores cobram juros um pouco mais altos que a taxa Selic, que atualmente está em 7% ao ano, no menor nível da história. Em momentos de tensão no mercado, os compradores pedem juros maiores, por causa da desconfiança em relação à capacidade do governo de reembolsar os donos dos papéis. Além de aumentar a frequência dos leilões de títulos prefixados, o Tesouro deixará de fazer leilões trimestrais de recompra de NTN-F e NTN-B (título de longo prazo corrigido pela inflação). De acordo com Secunho, o governo recomprará os papéis apenas quando julgar necessário.
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