Puigdemont pede encontro e Rajoy recusa
Presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy resultado das eleições regionais, que teve maioria separatista. Rajoy, em entrevista coletiva, recusou-se a ter um encontro com Puigdemont e afirmou que, se "tem alguém com quem ele deve conversar agora, é com Inés Arrimada", a candidata mais votada e jovem liderança do partido Ciudadanos, que é contra a independência. Nas eleições de ontem, os separatistas conseguiram conquistar 70 dos 135 assentos no Parlamento catalão, obtendo assim a maioria absoluta. O partido de Puigdemont, Juntsxcat (Juntos pela Catalunha), foi o segundo mais votado e obteve 34 assentos. O Ciudadanos foi o que obteve maior número de assentos (37), mas não conseguiu fazer maioria e não poderá indicar o novo presidente. O bloco separatista é formado pelo Juntsxcat, somado à ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), que obteve 32 assentos e o partido de extrema-esquerda, CUP (Candidatura de Unidade Popular), com 4 assentos. Com o resultado das eleições de ontem, a crise na Catalunha está longe do fim. Apesar de ter maioria, o bloco separatista conta com oito políticos eleitos presos. Entre eles, Puigdemont, que deve ser o indicado para reassumir a presidência da região mas está autoexilado na Bélgica desde o início de novembro, quando o governo central espanhol ativou o Artigo 155 da Constituição e a Justiça pediu a prisão cautelar dos envolvidos no processo de independência. Puigdemont será preso caso volte à Espanha. "Monarquia do Artigo 155" Hoje pela manhã, ele afirmou que a "república catalã derrotou a monarquia do artigo 155", fazendo referência à intervenção do governo central espanhol na região. Ele disse ainda que o governo espanhol deveria renunciar à via unilateral que veio praticando até o momento. "Com uma participação histórica, ganhamos o direito a sermos escutados. Não peço nada impossível", afirmou. A votação de ontem teve participação de 82% da população, com mais de 2 milhões de votos a favor do separatismo. Mariano Rajoy, em entrevista coletiva na tarde de hoje (22), afirmou que confia que a Catalunha iniciará uma nova etapa, baseada no diálogo e não no enfrentamento. "A fratura que existe na Catalunha levará tempo para se recompor e essa reconciliação deve ser a primeira tarefa de quem governa. Aos cidadãos da Catalunha afirmo que farei um esforço para dialogar com o governo que assuma, mas espero que abandonem as decisões unilaterais e não se coloquem acima da lei".
Carles Puigdemont, ex-presidente da Catalunha, sugeriu hoje (22) um encontro com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, após ser conhecido o
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