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PGR se manifesta contra recurso de Lula no Supremo

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge - Renato Costa - 20.set.2017 / FramePhoto
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge Imagem: Renato Costa - 20.set.2017 / FramePhoto

19/02/2018 20h26

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta segunda-feira (19) parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contrário ao pedido protocolado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, seja considerado suspeito de julgar seus processos.

No parecer, a procuradora sustenta que não cabe ao STF reanalisar as provas que justificaram a condenação de Lula. "O agravante, ao utilizar-se do termo reavaliação, busca realizar um jogo de palavras de modo a requerer, na verdade, o reexame de matéria de prova. Uma simples leitura do acórdão recorrido bem demonstra a impossibilidade de avaliar suas conclusões, sem uma imersão pelo conjunto probatório dos autos", argumentou.

Também tramita no STF um habeas corpus preventivo a favor de Lula. No pedido, os advogados pretendem evitar a eventual prisão preventiva dele após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal.

Condenação

No dia 24 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou a condenação de Lula na ação penal envolvendo o tríplex no Guarujá (SP) e aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão. Na decisão, seguindo entendimento do STF, os desembargadores entenderam que a execução da pena do ex-presidente deve ocorrer após o esgotamento dos recursos pela segunda instância da Justiça Federal.

Com o placar unânime de três votos, cabem somente os chamados embargos de declaração, tipo de recurso que não tem o poder de reformar a decisão, e, dessa forma, se os embargos forem rejeitados, Lula poderia ser preso.